Petista é acusado de novo crime de improbidade administrativa

Lindbergh
é acusado de ter nomeado 11 pessoas para cargos comissionados entre
janeiro de 2005 e abril de 2007 que seriam parentes. (Foto: Edilson
Rodrigues)
O
senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do holofote no
Senado, teve os seus direitos políticos cassados pela segunda vez em
menos de uma semana por decisão do mesmo juiz. O titular da 7ª Vara
Cível da Comarca de Nova Iguaçu-Mesquita, na Baixada Fluminense, Gustavo
Quintanilha Telles de Menezes, determinou na segunda-feira (19/12) a
suspensão do petista por cinco anos.
O senador e ex-prefeito de Nova Iguaçu é acusado de improbidade
administrativa. Ele também foi multado em R$ 640 mil, condenado a
ressarcir os cofres públicos e teve bens móveis e imóveis bloqueados.
Lindbergh é acusado de ter nomeado 11 pessoas para cargos comissionados
entre janeiro de 2005 e abril de 2007 que seriam parentes e
correligionários de um então aliado, o então vereador José Agostinho de
Souza, em troca de apoio político.
Elas teriam exercido funções de natureza essencialmente privadas e de
interesse exclusivo de Souza às custas do erário municipal. De acordo
com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio, os nomeados
trabalhavam em um centro social localizado no reduto eleitoral do então
vereador, prestando serviços a ele.
“As referidas nomeações foram realizadas pelo demandado Lindberg
Farias, com evidente propósito de servir interesses políticos e privados
do vereador José Agostinho fornecendo-lhe mão de obra gratuita,
custeada com recursos públicos, para que o parlamentar prosseguisse
desenvolvendo seus projetos sociais em seu centro social, captando,
dessa forma, eleitores para o ex-chefe do executivo municipal”, diz o
juiz na sentença.
O magistrado disse ainda que “embora não possa ser facilmente
mensurado economicamente, o dano sofrido pela população atingiu
gravemente o patrimônio imaterial e a vida de milhares de pessoas”.
Lindbergh foi prefeito de Nova Iguaçu entre 2005 e 2010, quando deixou o
posto para se tornar senador.
Em outra decisão, o titular da 7ª Vara Cível de Nova Iguaçu cassou os
direitos políticos do petista por quatro anos. Ele foi condenado por
ter permitido o uso promocional de sua imagem, em dezembro de 2007 e no
primeiro semestre de 2008, quando ocupava o cargo de prefeito de Nova
Iguaçu. Na época, Lindbergh distribuiu caixas de leite e cadernetas de
controle de distribuição com o logotipo criado para o seu governo
impresso no material.
Outro lado
Em nota, o petista destaca que o fato de ser condenado pelo mesmo
juiz de primeira instância pela segunda vez em menos de uma semana, que
“aplica uma multa exorbitante por uma acusação esdrúxula”. O senador diz
ainda estranhar que “processos que se arrastavam por quase uma década
sejam repentinamente alvo de decisão do mesmo magistrado, ignorando
inclusive a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivamento de
inquéritos com o mesmo objeto”.
“A perseguição é mais do que explícita. Novamente, informo que
recorrerei e tenho plena convicção que a decisão será revertida e a
Justiça prevalecerá”, diz no comunicado. A respeito da condenação pelo
uso de sua imagem, o senador também informou que está recorrendo da
decisão. Ele destacou que a “mesma matéria já foi julgada em 2011 pelo
STF que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor, por
entender não haver indícios para incriminar-me”.
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