País europeu iniciou um projeto piloto que garantirá uma renda mensal a 2.000 pessoas, independentemente de estarem empregadas ou do nível social
A Finlândia vai iniciar um programa piloto que vai
pagar 560 euros (1.924 reais) por mês a um grupo de 2.000 cidadãos. Eles
vão receber o benefício até 2019, independentemente de possuírem
emprego ou do nível de renda, e não pagarão impostos sobre os valores
recebidos.
O objetivo, segundo o governo, é de testar o sistema de renda fixa
básica como substituto ao sistema de seguridade social do país, para
promover o emprego. Os cidadãos serão escolhidos aleatoriamente, e o
requisito é estarem recebendo benefícios destinados a desempregados.
O órgão de seguridade social da Finlândia (Kela, na sigla em
finlandês) é o responsável pelo experimento e vai também selecionar
outros 2.000 cidadãos para servirem como grupo de controle.
Esse segundo
grupo não vai receber dinheiro, mas vai ser acompanhado pela Kela para
que sejam medidos os efeitos dos pagamentos mensais na vida dos cidadãos
beneficiados.
O sistema de proteção social da Finlândia é um dos mais caros do
continente na comparação com o tamanho da sua economia. O país gastava
em 2014 o equivalente a 31,9% do seu Produto Interno Bruto (PIB),
segundo o dado mais recente da Eurostat, órgão de estatística oficial da
União Europeia.
O resultado coloca o país nórdico no terceiro lugar da lista dos que
mais gastam, atrás da França (34,3% do PIB) e Dinamarca (33,5%),
enquanto a média dos 28 países União Europeia é de 28,7%. A Finlândia
registrou uma taxa de desemprego de 8,1% em novembro e tem cerca de 5,5
milhões de habitantes.
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