190 deputados federais assinam CPI de ataque à Lava Jato


Encabeçada pelo PT, a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) destinada a matar a Operação Lava Jato alcançou o número suficiente de assinaturas, com a chancela de 190 deputados federais (veja a lista completa no final da matéria). Em tese, o objetivo da comissão seria “investigar as denúncias de irregularidades feitas contra Antônio Figueiredo Basto e outros, inclusive envolvendo escritórios de advocacia, ocorridas no âmbito de alguns processos de delação”.

Diz o texto do documento:

“O objeto da CPI deverá estender-se, por conexão, para ocorrência de irregularidades em sede de outras investigações, que estejam em desacordo com o quanto firmado na legislação de referência e na defesa do sistema de proteção de direitos e garantias insculpidas na Constituição Federal, por ser do interesse da sociedade o resultado válido, legítimo e eficaz da aplicação das normas e da conduta dos agentes públicos.”

E mais:

“É necessário investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas, o que indica fraude nos procedimentos e a possibilidade do envolvimento de agentes públicos. Esse é o objeto determinado.”

Paulo Pimenta

“Queremos fazer uma investigação sobre a chamada indústria da delação”, disse o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta Segundo ele, há hoje um verdadeiro esquema criminoso em torno da Operação Lava Jato, com a criação de um “suspeito mercado de delações”, tanto para reduzir penas como para evitar o comprometimento de suspeitos. Segundo o parlamentar, trata-se de uma articulada estrutura de “venda de proteções, em relações subterrâneas entre juízes, procuradores e advogados”.

Deltan Dallagnol

O procurador da República Deltan Dallagnol, um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirma que as delações premiadas firmadas geraram um “efeito dominó” que contribui decisivamente para o aprofundamento das investigações. Segundo ele, a “a alternativa à colaboração (premiada), em grande parte dos casos, é a impunidade”.

“(A delação) Jamais serve sozinha para acusar alguém criminalmente, mas é um excelente início de prova para aprofundar a investigação. Assim aconteceu, por exemplo, no caso da Odebrecht, em que o aprofundamento das investigações nos levou a conseguir depósitos bancários milionários feitos por contas em nome da Odebrecht em favor de ex-diretores da Petrobras, tudo de modo escondido, no exterior”, disse o procurador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

CPI

O requerimento para a instalação da CPI foi protocolado no dia 30 de maio. A instalação da comissão depende agora do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).





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Sobre jaguarverdade

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