O juro do cartão de crédito rotativo avançou para mais de 470% ao ano, segundo o Banco Central (Foto: EBC)
A
taxa de juros do rotativo do cartão de crédito bateu novo recorde em
maio ao subir 18,9 pontos porcentuais e atingir 471,3% ao ano, informou
nesta segunda-feira, 27, o Banco Central. A inadimplência nesse
segmento, por sua vez, chegou a 37,5%, a maior entre as linhas de
crédito para pessoa física.
No cheque especial, a taxa avançou de 308,7% para 311,3% ao ano na
passagem de abril para maio. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse
tipo de empréstimo continua como o maior da série iniciada em julho de
1994.
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 52,1% ao ano em abril
para 52,3% ao ano em maio. No mesmo mês de 2015, essa taxa estava em
42,6% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre
passou de 71,0% ao ano para 71,7% ao ano, de abril para maio, enquanto a
para pessoa jurídica, caiu de 31,1% ao ano para 30,6% ao ano no mesmo
período.
Para veículos, os juros caíram de 26,8% ao ano para 26,3% ao ano de
abril para maio. Em maio de 2015, a taxa estava em 24,8%. A baixa no mês
foi de 0,5 ponto porcentual (pp). Em 12 meses, a taxa apresenta alta de
1,5 pp e, no ano, de 0,3 pp.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as
operações direcionadas, acelerou de 32,5% ao ano em abril para 32,7% ao
ano em maio. No quinto mês de 2015 estava em 27,1%.
Dívidas. O endividamento das famílias brasileiras com o sistema
financeiro passou de 44,2% em março para 44,3% em abril. O BC começou a
fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de
dívidas brasileiras passou a ser incorporada na nota de crédito pelo BC
em agosto de 2015.
O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda
no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de
Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego
(PME), ambas do IBGE. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o
endividamento apresentou leve alta em abril, ficando em 25,5% da renda
anual. Em março, estava em 25,4%.
Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o
Sistema Financeiro Nacional (SFN) subiu de março (22,6%) para abril
(23,3%). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da
renda passou de 20,1% em março para 20,6% em abril. (AE)
0 comentários:
Postar um comentário