Sem que haja atos em Brasília, sindicalistas ligados à CUT e ao PT se hospedam no Royal Tulip, de cinco estrelas.
Brasília
será palco no domingo (17) de um dos mais importantes episódios da
historia da política brasileira: a votação do impeachment no plenário da
Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff. Para a
ocasião, manifestantes contra e a favor já chegaram a Brasília para
acompanhar a votação na Esplanada dos Ministérios, que foi dividida por
uma cerca para evitar confrontos.
A chegada dos manifestantes petistas contra o impeachment de Dilma
chamou atenção. Enquanto as cerca de 25 pessoas pró-impeachment
instalaram 14 barracas e se hospedaram ao ar livre no Parque da Cidade,
os sindicalistas do PT foram para o luxuoso hotel Royal Tulip, no Setor
de Turismo e Hotéis Norte, o mais caro de Brasília, como mostra uma
imagem feita por um hóspede.
Segundo o setor de reservas do Royal, a diária no quarto simples, de
36 metros, para duas pessoas, com duas camas de solteiro e vista para o
Lago Paranoá, custa R$ 421 por dia, mais 15% de serviço, que dá total de
R$ 484, por pessoa.
Um quarto com um pouco mais de requinte, de 56 metros, com closet,
custa R$ 571 por dia, para duas pessoas. Com o serviço, o total fica em
R$ 654. Já a suíte, com ampla vista para o lago, tem diária em R$ 771,
que chega a R$ 877 com o serviço.
Analisando a diária do quarto simples, os sindicalistas desembolsarão
R$ 2.420, cada um, de quarta até domingo, dia do impeachment, para
aproveitar o luxo e o lazer do hotel. Café da manhã, área de lazer,
sauna, academia e internet à vontade. O pagamento deve ser feito no
check-in, assim que chegam no hotel, momento em que foi feita a imagem
dos sindicalistas. A medida é para evitar calotes.
A suíte da salvação
É em uma dessas suítes de dois ambientes, dois banheiros e cama king
size que está hospedado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde
que teve a nomeação como ministro da Casa Civil cassada. De lá, ele
recebe aliados políticos, os próprios sindicalistas, e interlocutores
para tentar salvar o mandato da presidente Dilma. Segundo parlamentares
que frequentam os encontros, as reuniões sempre são fechadas e todos
devem deixar os celulares do lado de fora. Virou seu gabinete de
trabalho.
Fonte: http://diariodopoder.com.br/noticia
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