Lula teve algumas conversas em Brasília antes de retornar a São Paulo, no início da noite - Foto: Lula Marques / PT
Emocionalmente
abatido em razão do afastamento da presidente Dilma Rousseff
determinado na manhã desta quinta-feira, 12, pelo Senado, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a consultar aliados para
definir a linha de atuação do PT e dele próprio na oposição ao governo
Michel Temer.
Segundo interlocutores, Lula ainda não definiu uma estratégia, mas
tem dito que suas primeiras tarefas serão reforçar a direção do PT com
ex-integranteS do governo, organizar as disputas por prefeituras nas
eleições de outubro e manter a unidade dos movimentos sociais e
sindicais reunidos em torno das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Na quinta, depois de almoçar com Dilma no Palácio da Alvorada, Lula
teve algumas conversas em Brasília antes de retornar a São Paulo, no
início da noite.
Uma das preocupações do ex-presidente é criar um mecanismo para
incluir ex-ministros como Ricardo Berzoini e Jaques Wagner no sistema
decisório do PT.
"O PT naturalmente vai ter um adensamento com quadros que saíram do
governo", disse o deputado Paulo Teixeira, um dos vice-presidentes do
PT.
Além disso, Lula vai se dedicar a manter mobilizados os movimentos
que foram às ruas na defesa do mandato de Dilma. "Ele está muito
preocupado com a unidade", disse Raimundo Bonfim, da Frente Brasil
Popular. De acordo com aliados de Lula, o ex-presidente ainda não teve
tempo para definir seus próximos passos porque dedicou as últimas
semanas às tentativas de barrar o impeachment primeiro na Câmara e
depois no Senado e quando toca no assunto demonstra ter mais dúvidas do
que certezas.
Fonte: (AE)
0 comentários:
Postar um comentário