Os astrônomos descobriram o maior pulsar ultra luminoso de radiação já detectado.
O
pulsar recorde, de 6.500 anos-luz de distância, apareceu numa estrela
de nêutrons no centro da supernova de 1054. Conhecido como Crab Pulse, ele é o que sobrou de quando a estrela que criou a Crab Nebula explodiu como uma supernova.
De
acordo com cientistas, a descoberta desafia as teorias atuais sobre
como estrelas de nêutrons funcionam. Os pulsares foram encontrados por
pesquisadores que trabalham no Observatório Atmosférico Gamma-ray
(MAGIC), nas Ilhas Canárias. Acredita-se que o pulsar tem uma massa
equivalente a 1,5 da massa do Sol. A massa está concentrada em cerca de
10 km de diâmetro, o pulsar gira 30 vezes por segundo e está rodeado por
um campo magnético dez bilhões de vezes mais forte que o do Sol.
Este
campo é forte o suficiente para dominar o movimento de carga e a força
de sua energia e os obriga a girar na mesma velocidade que a superfície
estelar. Esta região é chamada de magnetosfera.
A
rotação do campo magnético, também intenso, gera campos elétricos que
racham os elétrons da superfície. Enquanto esses elétrons acelerados se
expandem para o exterior, produzem feixes de radiação que recebemos toda
vez que atravessam nossa linha de visão, semelhante a um farol.
Em 2011, o MAGIC descobriu fótons inesperados muito energéticos. “Realizamos
uma observação profunda do Crab Pulse com o MAGIC para entender esse
fenômeno, esperando para medir a energia máxima dos fótons pulsantes”, disse Emma de Oña Wilhelmi do Instituto de Ciências Espaciais.
Roberta Zanin de (ICCUB-CEIE, Barcelona) continua: “As
novas observações estendem muito a cauda, acima de trilhões de volts de
elétron (TeV). Ou seja, várias vezes mais potente do que a medição
anterior, violando todos os modelos de teoria que se acredita em relação
às estrelas de nêutrons.”
Onde
e como esta emissão TeV é criada, ainda não se sabe. E, além de tudo,
tornou-se mais difícil de conciliar os achados com as teorias padrão,
dizem os pesquisadores.
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