A ESTRATÉGIA CONTRA EUGÊNIO ARAGÃO FOI REGISTRADA NO GRUPO DOS DELEGADOS FEDERAIS DE TODO O BRASIL. (Foto: Reprodução)
Com
a divulgação da lista dos dez delegados da Polícia Federal que se
inscreveram para a lista tríplice que concorrerá ao posto de
diretor-geral, não foi apenas o nome da delegada Erika Marena, da Lava
Jato, que chamou atenção. O nome de William Nascimento Santos, chefe da
delegacia de Divinópolis, em Minas Gerais, também.
Em 13 de abril, o Diário do Poder divulgou conversas
do delegado federal em um grupo fechado da Associação Nacional dos
Delegados da PF (ADPF) em que o Santos arquiteta um plano meticuloso
contra o então ministro da Justiça Eugênio Aragão para que houvesse
reajuste salarial.
No grupo "Fórum ADPF", com mais de 400 pessoas, o delegado disse que
"o novo ministro da Justiça parece não querer nos ajudar nessa questão
(salarial)". E apresentou sua estratégia: "Poderíamos fazê-lo acreditar
que se atendesse nosso pleito salarial afrouxaríamos a corda no pescoço
dele. Depois de aprovado o reajuste e publicado, voltaríamos a apertar a
corda no pescoço do homem de novo! Temos de ser estrategistas e pensar
de forma meticulosa", concluiu.
Em seguida os delegados Alexandre Carvalheira, de Niterói (RJ), e
Matheus, de Santos (SP), alertam que a estratégia do colega poderia
vazar. Em meio aos delegados e em outro grupo mais reservado a conversa
de William Nascimento não foi muito bem aceita e até o acusaram de
querer destoar o movimento em favor do pleito salarial que a categoria
lutava.
No dia 30 de maio os delegados federais votarão, pelo site, nos nomes
para representar a instituição. A data para divulgação da lista e
entrega ao presidente Michel Temer e ao ministro Alexandre de Moraes é
no dia 1º de junho.
Biografia
No currículo divulgado pela ADPF, William Nascimento é advogado de
formação, possui especialização em Gestão de Políticas de Segurança
Pública e pós-graduando em Direito do Trabalho foi chefe da delegacia de
Governador Valadares (MG) e Varginha (MG). Atuou também como chefe do
Núcleo de Disciplina e como corregedor regional substituto da
Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília (DF). Na
capital, ocupou ainda os cargos de chefe da Divisão de Estudos,
Legislação e Pareceres da Coordenação de Recursos Humanos e coordenador
substituto da Coordenação de Recursos Humanos da Diretoria de Gestão de
Pessoal da Polícia Federal. Já atuou na repressão a crimes fazendários,
previdenciários, pedofilia, tráfico de entorpecentes e fraudes fiscais.
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