Rodrigo
Janot afirma que o esquema de formação de quadrilha investigado na Lava
Jato jamais poderia ter existido sem o conhecimento de Lula (Foto:
Reprodução/TVT)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo
Tribunal Federal, no dia 28 de abril, a inclusão do ex-presidente Lula,
dos ministros Jaques Wagner, Edinho Silva, e Ricardo Berzoini, no
inquérito da Operação Lava Jato em andamento na Corte.
No mesmo pedido, Janot pede investigação de outras 27 pessoas,
incluindo parlamentares, ex-ministros, lobistas, doleiros e empresários,
todos citados pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em sua
delação premiada. No total, são 31.
Entre os parlamentares está o presidente da Câmara, deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
André Moura (PSC-SE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) , Altineu Cortes
(PMDB-RJ) e Manoel Júnior (PMDB-PB). Também são citados os senadores
Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio Amaral.
Há também pedido para investigar o ex-ministro e ex-deputado federal
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); os ex-ministros Erenice Guerra e
Antonio Palocci (ambos ex-chefes da Casa Civil nos governos Lula e
Dilma, respectivamente); o ex-ministro Silas Rondeau (que comandou Minas
e Energia no governo Lula); e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio
Gabrielli.
Outros suspeitos relacionados pela PGR no pedido são Giles Azevedo
(assessor e ex-chefe de gabinete de Dilma); José Carlos Bumlai
(empresário e amigo pessoal de Lula); Paulo Okamotto (presidente do
Instituto Lula); André Esteves (controlador do banco BTG Pactual); e
Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro).
Há também pedidos de investigação do empresário Milton Lyra; o
lobista Jorge Luz; o doleiro Lúcio Bolonha Funaro; os ex-deputados
Alexandre Santos (PMDB-RJ), Carlos Willian (PTC-MG) e João Magalhães
(PMDB-MG); o prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Nelson Bournier, e a
ex-prefeita da cidade, Solange Almeida, ambos do PMDB.
“No âmbito dos membros do PT, os novos elementos probatórios indicam
uma atuação da organização criminosa de forma verticalizada, com um
alcance bem mais amplo do que se imagina no início e com uma enorme
concentração de poder nos chefes da organização”, afirma Janot.
De acordo com Janot, o esquema de formação de quadrilha investigado
no processo jamais poderia ter existido sem o conhecimento de Lula.
“Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e
descritos ao longo desta manifestação, essa organização criminosa jamais
poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e
agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela
participasse”, aponta Janot.
O inquérito conta atualmente com 39 investigados, entre parlamentares
e operadores do esquema de corrupção da Petrobrás. Caso o ministro
Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, aceite o pedido de Janot, o
inquérito passará a ter 69 investigados.
Fonte: Diário do Poder
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