Na sentença, Sérgio Moro ressalta que petista continuou recebendo dinheiro ilícito até 13 de novembro de 2013
O
juiz federal Sérgio Moro afirmou em sentença de condenação de José
Dirceu que é ‘perturbador’ o fato de o ex-ministro da Casa Civil do
governo Lula ter recebido valores ilícitos do petrolão inclusive durante
o julgamento do Mensalão, que ocorreu no Supremo Tribunal Federal (STF)
em 2012 e condenou o petista a 7 anos e onze meses de prisão por
corrupção passiva.
Dirceu foi condenado nesta quarta-feira, 18, a 23 anos e três meses
de prisão na Operação Lava Jato – por recebimento de R$ 15 milhões em
propinas e lavagem de R$ 10,2 milhões -, o juiz disse que
Segundo a sentença de Moro, de 264 páginas, há registros de que o
ex-ministro foi beneficiário de propinas pelo menos até 2013, por meio
da empresa JD Assessoria.
“Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do País
representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro
esquema ilícito”, argumenta o juiz que condenou Dirceu por corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Dirceu está preso em caráter preventivo em Curitiba, base da Lava Jato, desde 3 de agosto de 2015.
Segundo a denúncia da Procuradoria da República, metade das propinas ia para Dirceu e a outra metade para o PT.
“O mais perturbador, porém, em relação a José Dirceu de Oliveira e
Silva consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava
sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal a Ação Penal
470, havendo registro de recebimentos pelo menos até 13 de novembro de
2013. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser
valorado negativamente”, assinalou o magistrado.
Fonte: Diário do Poder
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