O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, autorizou o envio da Força Nacional ao Estado para combater a crise no sistema prisional
Catorze
detentos foram mortos em rebeliões nas unidades prisionais do Ceará
desde sábado, segundo informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
do Estado. As mortes aconteceram durante conflitos entre os próprios
presos, segundo a pasta. Na segunda-feira, o ministro da Justiça e
Cidadania, Alexandre de Moraes, atendeu a pedido do governador Camilo
Santana (PT) e autorizou envio de homens da Força Nacional para combater
a crise prisional no Estado.
"Lamento profundamente o que vem acontecendo em nossas unidades
prisionais e não medirei esforços, junto com nossas forças de segurança,
para que haja a estabilidade do sistema penal o mais rápido possível.
Minha determinação é para que todas as medidas necessárias para isso
sejam tomadas", afirmou Santana.
As rebeliões nas unidades começaram no último sábado, quando parentes
foram impedidos de visitar os presos por causa de uma greve de agentes
penitenciários que reivindicavam aumento salarial. No mesmo dia, o
governo estadual cedeu e resolveu ampliar de 60% para 100% a
gratificação por serviço de risco, que será feita de forma escalonada
até 2018. Os agentes aceitaram, a greve acabou, mas a instabilidade nos
presídios permaneceu.
Dentre os detentos mortos estão homens que respondiam por latrocínio,
tráfico, furto, roubo, homicídio. Seis corpos ainda aguardavam
identificação por especialistas da perícia forense.
A Secretaria de Justiça informou ainda que uma operação de policiais e
agentes penitenciários identificou na segunda um túnel na unidade
Agente Luciano Andrade Lima, em Itaitinga, na região metropolitana de
Fortaleza. Não há confirmação oficial de fugas. Nesta unidade estava
Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, um dos líderes do furto de
164 milhões de reais do Banco Central, cometido há mais de 10 anos.
(Com Estadão Conteúdo)
0 comentários:
Postar um comentário