Por Ana Carolina Leonardi Editado por Bruno Garattoni
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O Dia dos Namorados passou e as flores já começaram a murchar. Para evitar a cena deprê de jogar fora os buquês presenteados em dias especiais, uma empresa de biotecnologia está testando terapia genética para rosas, petúnias e cravos.
A Monsanto é conhecida por produzir alimentos transgênicos, como
milho e soja - e está entre as empresas mais polêmicas do mundo. Não só a
segurança dos seus alimentos é constantemente questionada, mas a
empresa no seu histórico desde o aspartame, adoçante que foi associado a
risco maior de câncer, até o Agente Laranja, arma química usada no
Vietnã.
A nova empreitada da empresa é testar formas menos radicais de
modificar organismos temporariamente, ao invés de alterar
permanentemente o DNA das plantas.
Alguns tipos de flores produzem o hormônio etileno quando terminam de
desabrochar - e é isso que faz com que elas murchem, para a tristeza
dos românticos. Isso porque a função da flor é chamar a atenção de
polinizadores, como as abelhas, para que a planta se reproduza. Só que
ter uma flor bonita e viçosa gasta muita energia da planta e, uma vez
que a abelha já passou por lá, o etileno começa a ser produzido para
derrubar as pétalas.
A técnica da Monsanto consiste em usar proteínas (que a empresa não
diz exatamente quais são) contendo informações genéticas para suprimir a
produção de etileno nas plantas. Essas moléculas são absorvidas através
de cortes no caule da planta ou através da água colocada no vaso.
A ideia foi patenteada pela empresa - que, nos primeiros testes, conseguiu manter rosas lindas e vibrantes por 2 semanas.
Pode parecer muito trabalho só por um buquêzinho, mas os produtores
de flores têm custos altíssimos para que elas cheguem frescas às
floriculturas, chegando a usar aviões como transporte. Essa indústria
baseada em plantas frágeis chega a movimentar US$ 20 bilhões por ano, e
tem muito a ganhar com flores mais resistentes.
As alternativas até agora para combater o envelhecimento dos buquês
passam por dois grandes problemas: ou não funcionam direito, ou são
péssimas para o meio ambiente. Dentro dos cargueiros, as flores
geralmente recebem doses de dois gases que também agem inibindo o
etileno. O metilciclopropeno só funciona em ambientes fechados e
altamente controlados. No ar fresco, perde o efeito. Já o tiossulfato de
prata é um poluente e deixa resíduos que podem acabar contaminando a
água e o solo.
Já o suplemento genético promete criar rosas "bombadas" de forma
inofensiva e duradoura - dando aos apaixonados a vantagem de lembrar do
seu amor por muito mais tempo.
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