Novo plano estratégico foi criado diante das perspectivas de que o vírus não deve desaparecer e que seu impacto poderá ser de longa duração

O programa é anunciado quatro dias depois que a
agência da Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que o vírus, e
não apenas a microcefalia, é uma emergência internacional
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai precisar
de 121,9 milhões de dólares (420 milhões de reais) para lidar com o
impacto do vírus da zika
até o fim de 2017. De acordo com a organização, o novo plano
estratégico anunciado nesta sexta-feira (17) foi criado diante das
perspectivas de que o vírus não deve desaparecer e que seu impacto
poderá ser de longa duração, principalmente para famílias com crianças
com microcefalia e má-formação.
Segundo Margaret Chan, diretora da OMS, um dos pilares do novo plano
será o maior foco em prevenir e administrar as complicações médicas
causadas pelo vírus. Sua meta é a de expandir as capacidades dos
sistemas de saúde para que possam atender mulheres grávidas e mães cujos
filhos tenham sido afetados. “A resposta agora exige uma estratégia que
garanta apoio para mulheres em idade de gestação”, indicou Chan.
O novo plano prevê ações durante um ano e meio, prevendo que o zika
continuará se espalhando. A OMS avaliou que existe o potencial de uma
proliferação ainda maior do zika pelo mundo, diante da presença do
mosquito aedes aegypti em diversas regiões. “A falta de
imunidade das populações permite que a doença se espalhe rapidamente”,
indicou o plano. “O zika terá um impacto de longa duração e, por isso,
precisamos de um plano estratégico”, afirmou Tarik Jasarevic, porta-voz
da OMS.
A OMS também afirma que o plano é necessário diante da “escassez de
vacinas, de tratamentos específicos e de testes”. Frente a esse cenário,
a organização acredita que sistemas de saúde devam ser fortalecidos
para atender as famílias. Apesar de já existirem testes para diagnóstico da infecção do vírus,
eles ainda possuem fragilidades: o teste de biologia molecular, ou PCR,
por exemplo, detecta a infecção apenas em um curto período de tempo
(até cinco dias após o princípio dos sintomas).
O programa é anunciado quatro dias depois que a agência da
Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que o vírus, e não apenas a
microcefalia, é uma emergência internacional. Mesmo assim, a OMS deixou
claro que o problema é aumentado graças a “desigualdades em acesso ao
saneamento, informação e serviços de saúde em áreas afetadas”.
O plano, dividido em cinco partes, prevê o apoio de governos para
fortalecer os programas de identificação da doença, maior reforço no
combate ao vetor, apoio aos sistemas de saúde, investimentos em pesquisa
e coordenação. No total, 60 parceiros internacionais participarão da
iniciativa.
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Recursos – Segundo a OMS, o apoio financeiro
internacional tem sido mínimo para lidar com a doença. Em março, um
apelo inicial foi realizado pela entidade. De um total de 53,3 milhões
de dólares solicitados para enfrentar o vírus por todas as agências da
ONU, elas conseguiram levantar pouco mais de 10% do valor, cerca de 5,7
milhões de dólares. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) havia
feito um apelo por 8,1 milhões de dólares, mas recebeu apenas 1,6 milhão
de dólares para suas ações na região mais afetada pela crise. Outro
parceiro da ONU, AmeriCares, solicitou 4,1 milhões de dólares – recebeu
somente 40 mil de dólares.
(com Estadão Conteúdo)
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