Se a proposta for aceita na CCJ, o texto vai para votacão no plenário da Casa. (Foto: Agência Senado)
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal vota
nesta quarta-feira (15) o Projeto de Lei da Câmara 07/2016, que altera
trechos da Lei Maria da Penha (11.340/2006). A sessão está marcada para
às 10h e deve ser bem movimentada
O projeto busca aperfeiçoar o atendimento às vítimas de violência de
gênero exigindo a qualificação de policiais e peritos. De acordo com a
Associacão dos Delegados de Polícia (Adepol), o ideal é que o boletim de
ocorrência seja feito preferencialmente por agentes do sexo feminino.
A proposta também dá mais poder ao delegado de polícia para
implementar medidas protetivas de urgência que deverão ser aceitas ou
revistas por um juiz em até 24 horas para proteger a vítima. A
Associacão dos Magistrados Brasileiros (AMB) se declarou contra o
projeto.
A Adepol e o Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo) estão
convocando os delegados de todo o Brasil para comparecerem à sessão. O
objetivo é pressionar os parlamentares para votarem a favor. A Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) não se pronunciou sobre o tema.
Posições
Ao Diário do Poder, o senador Humberto Costa (PT-PE)
acredita que o projeto tem aspectos muito positivos, mas que ainda
carece de discussão mais aprofundada, "principalmente em relação à
delegação de poderes para autoridades policiais".
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apoia o projeto, com
ressalvas. "Garantir à mulher vítima de violência doméstica o
atendimento preferencial por policial do sexo feminino é uma medida
fundamental para que a vítima se sinta mais segura em denunciar e
favorece uma maior sensibilidade de quem a atende. Só tenho ressalvas
quanto a ampliação de poderes hoje restritos ao Ministério Público e ao
Judiciário a delegados de polícia. A matéria precisa ser bem discutida,
pensando no bem estar das mulheres vítimas de violência e na garantia da
democracia e das instituições."
Na votação, os senadores do DEM (José Agripino/RN, Ronaldo Caiado/GO,
Davi Alcolumbre/AP e Ricardo Franco/SE) devem seguir o líder do
governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP), que é a favor do PLC.
Se a proposta for aceita na CCJ, o texto vai para votacão no plenário da Casa.
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