Apesar de não haver registro de
raiva humana no Ceará há quase quatro anos, o Estado permanece em alerta para
os casos da doença em bichos. De acordo com a médica veterinária do Núcleo de
Controle de Vetores da Secretaria do Estado do Ceará e responsável pelo
Programa da Raiva no Estado, Naylê Holanda, em 2016 já foram confirmados 32
casos de raiva animal em diferentes municípios.
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A última confirmação, esta, já em
junho, foi em um sagui. De acordo com a gestora, os registros aconteceram em 12
municípios do Ceará: Ibiapina, Tamboril, Boa Viagem, Barro, Carnaubal, Pereiro,
Quixeré, Ererê, Limoeiro, Tabuleiro do Norte, Icó e Pacatuba.
As confirmações são provenientes
de testes laboratoriais feitos a partir do recolhimento dos corpos dos animais
que, quando vivos, apresentavam sinais clínicos da doença. Para a especialista,
o número está um pouco acima da média esperada para um período de seis meses -
de janeiro a junho. Em 2015, os casos em animais somaram cerca de 60.
"Todas essas confirmações
são em animais recolhidos pelos servidores do Município, que coletam o material
necessário para o exame e enviam para a análise. Fazemos a vigilância em cão,
gato, animais silvestres, aéreos e terrestres. O Ceará está vigilante para a
raiva, quanto mais amostras recebemos, mais positividade temos", reiterou
Naylê.
Conforme a Secretaria da Saúde do
Estado do Ceará (Sesa), muitas das confirmações deste ano foram em morcegos não
hematófogos, ou seja, que não se alimentam de sangue, e ainda viviam em áreas
urbanas. Dos 32 registros, 23 são em morcegos, três já em janeiro, seis em
fevereiro, outros três em março, seis em abril e cinco em maio.
"O principal transmissor da
raiva humana no Brasil é o cão, mas, no Ceará vem sendo diferente nos últimos
10 anos. Aqui é sagui o maior responsável, porque a maioria das pessoas insiste
em capturar e criar esse animal por não terem conhecimento da transmissão. Por
isso estamos implantando um projeto da Sesa com a Seduc para levar informações
às escolas", ressaltou Naylê. Como principal fator preventivo, a Pasta
cita a capacitação de profissionais para uma vigilância eficaz e diagnóstico
rápido.
Bichos
Sobre os casos da doença em
morcegos urbanos, Naylê conta que "quando o morcego adoece de raiva ele
tem paralisia, não consegue voar, aí o gato vê um bicho desse e vai para cima,
aí o gato pode transmitir para o humano. Os últimos casos foram de gatos que
pegaram com morcegos, por isso a importância da vacinação de cães e gatos. Mas
o morcego é muito importante no equilíbrio ecológico, 70% dos que coabitam se
alimentam de insetos e fazem esse controle". Em 2015, a Campanha de
Vacinação de cães e gatos contra a raiva ocorreu no período de 14 de novembro a
14 de dezembro. Conforme a Sesa, o Ceará ultrapassou a meta de vacinação
estipulada pelo Ministério da Saúde. No Estado, foram vacinados 1.019.392 cães
e 463.199 gatos. Para este ano, a Pasta afirma que ainda não há data para a
campanha, mas o processo de organização já foi iniciado.
FIQUE POR DENTRO
Última morte por raiva humana
ocorreu em 2012 Em março de 2012, o Ceará registrou a última morte por raiva
humana. A vítima foi um menino de 9 anos, morador do município de Barbalha, no
Cariri. A criança, natural de Jati, ficou internada durante duas semanas no
Hospital São Vicente de Paulo. De acordo com a médica veterinária Naylê
Holanda, a criança tentou capturar o sagui e acabou sendo mordida. Devido à
falta de conhecimento sobre a gravidade do acontecido, a família demorou a
procurar atendimento médico. Antes deste caso, a última morte havia sido registrada
em Ipu, em 2010.
Fonte: https://www.facebook.com/Jornal-vale-em-destaque-682472681819050/?fref=ts
Jornal Vale em Destaque Online
Luciano Almeida.
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