Jaguaruana passa por um dos momentos mais críticos de toda sua história, no que diz respeito ao abastecimento de água. A cidade com o rio seco e sem reserva hídrica exclusivo para abastecer a população, deixa os moradores da Terra da Rede a mercê da caridade de pessoas que por conta própria fazem a doação de alguma água de poço e também a espera da água fornecida pela prestadora do serviço CAGECE que só aparece de vez enquanto, aumentando ainda mais a preocupação dos usuários que não sabem o dia e a hora que a água chega e quando chega é insuficiente para atender as necessidades.
Gostaria de falar para meus amigos leitores, em especial aos
que moram em Jaguaruana, do risco que nossa cidade está correndo com esse
abastecimento de água irregular aqui na cidade. Pra quem não sabe, no ano
passado, a cidade de São Paulo, maior capital do Brasil, sofreu um colapso
total no abastecimento de água. Situação semelhante a que estamos vivenciando
hoje em Jaguaruana, foi vivida por lá. Aí o amigo pode me perguntar: O que tem
haver São Paulo com Jaguaruana?
Apesar de serem distantes em todos os sentidos, seja
econômico, populacional e por aí vai, no ano que passou, os Paulistanos tiveram
que se utilizar de uma cultura tradicional da nossa região, ou seja, GUARDAR
ÁGUA para atender as demandas de suas necessidades. Com ações como essa e de
certa forma com o descuido da população, a capital de São Paulo teve no ano que
passou o maior índice de infestação de mosquitos da dengue do Brasil e
consequentemente, uma epidemia de DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA. Não é que estou
dizendo que vai ser assim em Jaguaruana, Deus nos livre.
Pois bem, o meu alerta vai justamente de encontro a essa
triste situação que aconteceu em São Paulo. Nós moramos em Jaguaruana, estamos
passando por mais um ano de seca e o abastecimento de água está totalmente
irregular. Essa situação, de certa forma, nos obriga a ter que acumular água em
depósitos que já haviam sido praticamente extintos do nosso meio cultural, mas
que agora, por esta necessidade, obrigatoriamente está voltando.
Tenho andado no dia a dia nas casas de várias pessoas, até
porque minha função profissional é essa e tenho observado um número crescente
de depósitos com água. Tanques, baldes, cisternas, e até mesmo os velhos potes,
que quase já haviam sido extintos, estão servindo para guardar água, quando ela
aparece, seja de carro pipa, ou seja, a água da CAGECE que não sobe nas caixas
e isso complica ainda mais. De certa forma, é muito preocupante, mesmo sabendo
que o nosso Município tem um dos melhores trabalhos de combate ao mosquito da
Dengue de todo o Estado do Ceará, se a população não fizer a parte que lhe cabe, com certeza preocupa e muito.
Sabemos que o momento é crítico, mas as nossas ações exigem
cuidado. Não adianta guardar água para resolver um problema e ao mesmo tempo
criar outro. A falta do abastecimento regular desse líquido atinge em cheio a
toda população Jaguaruanense que está
muito triste com isso. Por outro lado, os bonitinhos Mosquitos da Dengue,
transmissores de doenças mortais, estão todos em festa neste momento. Temos que
ter muito cuidado, não basta só guardar água, é imprescindível que a cubra e
bem. Pensemos nisso!
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