Argentino é preso com mais de 800 comprimidos de abortivos

cytotec
As 80 cartelas com dez comprimidos cada foram apreendidas no carro do argentino

R$ 240 mil. Esta seria a quantia a ser arrecadada por um argentino com a venda de 800 comprimidos de Cytotec, medicamento usado para induzir o aborto e que é proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As 80 cartelas do remédio foram apreendidas nesta semana com o estrangeiro, que estava hospedado em uma pousada na cidade de Campanha, no Sul de Minas.

O suspeito de 59 anos, que não teve a identidade divulgada pela Polícia Civil (PC), foi abordado na tarde da última quinta-feira após uma denúncia anônima de que ele estaria comercializando cada comprimido do abortivo por R$ 300 na cidade. “Ele não apresentou resistência e rapidamente abriu o seu veículo, onde estavam os medicamentos. Além do Cytotec haviam, em menor quantidade, outros remédios para o mesmo fim e algumas seringas”, explicou o delegado Fernando Gattini Júnior, responsável pela prisão em flagrante.

Ainda de acordo com o policial, todos os medicamentos apreendidos são de procedência argentina. “Ele estava legalmente no país e a documentação do veículo também estava toda em dia. Entretanto, ele não tinha qualquer documento que comprovasse a origem ou autorizasse o porte dos remédios”, afirma o delegado.

A princípio o preso chegou a dizer que tinha vindo ao Sul de Minas para tratar sobre a separação dele com a mulher, moradora da cidade Lambari, e para ver o seu filho, que mora com a mulher. Ele alegou que estaria vivendo em seu país de origem recentemente e que teria ficado em uma pousada para não ter que conviver com a mulher.

Entretanto, uma vez na delegacia, o suspeito resolveu que não prestaria depoimento. “Ele resolveu que só falaria agora em juízo. Com isso ele não nos disse onde e como conseguiu os remédios e nem para quem ele os distribuiria”, contou o delegado Fernando Gattini Júnior.

Além dos mais de 800 comprimidos, o carro do suspeito - um Peugeot com emplacamento da Argentina - também acabou sendo apreendido pela Polícia Civil. Os medicamentos foram encaminhados para a perícia da corporação onde passarão por exames para confirmar a presença das substâncias proibidas no país.
A venda do Cytotec é considerada crime hediondo no Brasil, podendo levar a até 15 anos de prisão em regime fechado. O aborto só é permitido no país em casos de estupro ou risco de morte para a mulher.
 
Suspeito não tinha passagens
Apesar do grande número de medicamentos apreendidos com o argentino, ele não tinha qualquer antecedente criminal, ainda de acordo com o delegado Fernando Gattini Júnior, responsável pela prisão. Além disso, a possibilidade de um esquema maior e mais bem estruturado, envolvendo outras pessoas, será investigado pela Polícia Civil.

Conforme o policial, a princípio não há qualquer indício da participação de outras pessoas. “Ainda está muito cedo para afirmar qualquer coisa, mas temos que investigar qualquer possibilidade”, afirmou.

A mulher de quem o estrangeiro está se separando, moradora de Lambari, na mesma região, também deverá ser alvo da investigação feita pela corporação daqui para frente. “Ela já foi presa há pouco tempo por exercício ilegal de profissão. Ela se passava por médica dermatologista, aplicava até hidrogel nas pessoas”, lembrou o delegado.

A mulher foi presa em flagrante durante uma operação realizada em 2015, entre outras coisas, por aplicar anabolizantes, também ilegais, em pacientes na cidade.

 JOSÉ VÍTOR CAMILO
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