Carlinhos
Cachoeira, Fernando Cavendish e outros três permanecerão presos em
Bangu, em prisão preventiva (Foto: Fernando Frazão/ABr)
O contraventor Carlinhos Cachoeira e o dono da Delta, Fernando
Cavendish, não irão mais para a prisão domiciliar. Presos na
quinta-feira passada, 30, na Operação Saqueador, que investiga o desvio
de R$ 370 milhões em contratos de obras públicas, os dois foram “salvos”
do xadrez no dia seguinte, pelo desembargador do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF2) Ivan Athié. A decisão desta quarta-feira, 6,
é do também desembargador federal do TRF2 Paulo Espírito Santo.
Além de Cachoeira e Cavendish, outros três acusados de participação
no esquema vão ter que continuar presos no Complexo Penitenciário de
Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. Eles só não foram mandados para casa
ainda porque as tornozeleiras eletrônicas estão em falta no Rio.
O desembargador, que é presidente da 1ª Turma Especializada do TRF2,
deferiu o pedido do Ministério Público Federal (MPF), que recorreu do
habeas corpus, "mantendo na íntegra a prisão preventiva" de Cavendish,
Cachoeira e dos empresários Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu.
O MPF havia pedido a suspeição do desembargador, alegando que ele é
amigo de Técio Lins e Silva, o mesmo advogado que defende Cavendish e
que, em outra oportunidade, também atuou na defesa de Athié. O pedido,
no entanto, nem chegou a ser julgado porque o próprio Athié se declarou
impedido para o caso, dizendo que estava sofrendo muitas críticas.
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