PMs vão ocupar Baixada após série de mortes de políticos

Pré-candidata a vereadora de Magé foi assassinada na porta de um bar

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Tiros na comunidade. Aga Lopes foi executada em Magé anteontem; nenhum pertence foi levado
 
Rio de Janeiro. A três meses das eleições municipais, a pré-candidata a vereadora Aga Lopes Pinheiro (DEM), 49, foi assassinada a tiros na noite de anteontem na cidade de Magé, no Rio de Janeiro. Esse é o 11º homicídio contra políticos e/ou pré-candidatos em cidades da Baixada Fluminense desde novembro do ano passado.
 
A polícia do Rio suspeita que a morte de Aga tenha sido uma execução. No entanto, o delegado Evaristo Pontes, adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), afirmou que é “prematuro” dizer se o motivo do crime é político. “Foram ouvidas testemunhas, mas não dá para a gente afirmar ainda qual é a motivação. São várias linhas de investigação”, afirmou o investigador.
 
Testemunhas contaram que, por volta das 22h30, quatro suspeitos desceram de um carro e fizeram vários disparos contra a vítima, que estava num bar localizado no bairro da Barbuda. Os suspeitos ainda não foram identificados.
 
Relembre. Na semana passada, segundo a polícia, outros dois pré-candidatos foram assassinados a tiros na Baixada Fluminense. Conhecido como Berém do Pilar, Sérgio da Conceição de Almeida foi baleado na porta de casa. Ele vivia em uma área dominada por milícias. Já Denivaldo Silva, 41, foi atingido por vários disparos realizados por dois homens vestidos com uniformes da Polícia Civil. Ele e a mulher morreram na ação.
 
Por conta da violência em série e das dificuldades quanto à segurança pública no Estado, a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio (PRE-RJ) solicitou a presença das Forças Armadas e da Polícia Federal durante e depois do pleito de outubro. O pedido foi encaminhado pelo procurador eleitoral do Estado, Sidney Madruga, diretamente ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A ideia é que militares e agentes permaneçam no Rio por até 48 horas após o pleito.
 
“O que vemos hoje nas ruas é um clima de incerteza e de insegurança da população. Queremos evitar o que ocorreu nas duas últimas eleições, principalmente em 2014, que foi observar o poder da milícia, impedindo candidatos de frequentarem comunidades comandadas por ela, e, ao mesmo tempo, constrangendo e ameaçando a população a votarem nos seus candidatos”, afirmou Madruga.
 
Condolências
DEM. Em nota, a vice-presidente estadual do Democratas, Magda Oberlaender, disse estar “estarrecida com tanta violência”. “O DEM lamenta a morte de Aga Lopes e confia nas investigações”.
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Sobre jaguarverdade

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