
Dez novos
agentes vão passar a integrar a equipe da Operação Lava Jato na Polícia Federal
(PF) a partir do dia 25 de julho. Os policiais federais vão trabalhar
especificamente nas investigações da operação pelo menos até o fim deste ano.
De acordo
com o delegado Maurício Moscardi, um dos coordenadores do grupo, o aumento do
efetivo vai tornar a análise de materiais apreendidos em fases já executadas
mais rápida e ainda vai permitir a deflagração de novas etapas. “Praticamente
um aumento do efetivo de quase 30% e vamos ficar no total com 57 policiais
federais dedicados exclusivamente à Operação Lava Jato”, explica.
Afastamentos
Três
delegados da Lava Jato foram afastados da investigação recentemente. O delegado
Luciano Flores de Lima, que foi responsável por interrogar o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na condução coercitiva da 24ª fase, deixa a operação
temporariamente para trabalhar nos Jogos Olímpicos 2016.
Outros dois
delegados serão substituídos. Eduardo Mauat da Silva, que também trabalhava em
inquéritos ligados a Lula, volta ao Rio Grande do Sul. O delegado Duílio
Mocelin Cardoso volta a Rondônia.
Segundo o
delegado Igor Romário de Paula, as alterações fazem parte de decisões
estratégicas. O delegado Maurício Moscardi nega que as mudanças se tratem de um
“desmanche” da equipe ou que a investigação tenha recebido “qualquer tipo de
pressão interna ou externa pela substituição” dos delegados.
“A Operação
Lava Jato está forte, continua até mais ativa do que antes. A substituição dos
colegas que saíram j[a foram operacionalizadas e ainda tivemos esse incremento,
com mais dez policiais. Então acho que não podemos dar vazão a esse tipo de
notícia porque realmente não corresponde à verdade”, afirma.
O delegado
também ressaltou que a troca de agentes federais que estavam na Lava Jato desde
março de 2014 não vai trazer prejuízos ao andamento das investigações.
Ele
comentou, ainda, que a operação ou seus desdobramentos não têm data para
terminar, uma vez que a cada nova fase surgem indicativos de outros ilícitos
praticados por agentes públicos e políticos. “O importante eu acho que é o
grande legado da operação, é a capacidade de demonstrar que o país está atendo
a este tipo de crime”, finaliza.
No lugar dos
agentes afastados, assumem os delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia
de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo; Luciano Menin, que já
integrou a equipe Lava Jato; e Roberto Biazolli, que já trabalhou no
Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do
Ministério da Justiça (DRCI).
(Com
informações da BandNews
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