Dono
do Diário do Grande ABC foi preso sob suspeita de lavagem de dinheiro
emprestado por amigo de Lula junto ao Banco Schahin para ajudar o PT
(Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O empresário Ronan Maria Pinto deixou a prisão na tarde desta
sexta-feira, 8, após pagar fiança de R$ 1 milhão. Ele foi solto por
determinação do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que
reformou ordem de prisão preventiva do juiz Sérgio Moro.
Ronan foi levado pela escolta da Polícia Federal do Complexo Médico
Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, para a 12.ª Vara da Justiça
Federal onde ouviu as instruções que deverá seguir e recebeu a
tornozeleira eletrônica que o manterá sob monitoramento permanente e
ininterrupto.
Conforme a defesa do empresário, ele deverá permanecer em casa à
noite e aos finais de semana. "Pedimos que a prisão fosse revogada e que
ele cumprisse outra medida", esclarece o advogado Fernando José da
Costa.
A Lava Jato suspeita que Ronan, dono do Diário do Grande ABC, comprou
o jornal com R$ 6 milhões que teria recebido via José Carlos Bumlai,
pecuarista amigo do ex-presidente Lula.
Bumlai tomou empréstimo supostamente fraudulento de R$ 12 milhões, do
Banco Schahin, em outubro de 2004. Ele afirmou ao juiz Moro que o
dinheiro foi destinado ao PT.
Para chegar até Ronan Maria Pinto, os recursos foram enviados para
outras empresas, disfarçando o destinatário final. O operador do
mensalão Marcos Valério afirmou que o dinheiro foi pago a Ronan porque
ele extorquia dirigentes do PT. O MPF sustenta que Ronan usou os
recursos para comprar ações do Diário do Grande ABC, que estava ligando
ele a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
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