Sete anos de seca em Jaguaruana, um mal que atormenta a vida do nosso povo e dos animais.



A história conta que o Estado do Ceará já foi atingido por grandes e longos períodos de estiagem, ao qual denominamos no linguajar popular como secas. Aqui na região em que moramos, se caracteriza uma seca quando as chuvas não caem no período que incluem o inicio da quadra chuvosa que para o homem do campo se inicia em Janeiro e vai até o final do mês de Junho. De certa forma, os centros de pesquisas considera a quadra chuvosa no Estado do Ceará mais abundante entre os meses de Março a Maio, que é justamente quando se concentra o maior volume de chuvas na região.

Para alguns estudiosos no assunto, uma seca é considerada quando a quadra chuvosa fica muito abaixo da média. Em muitos casos, são chamadas de seca verde, pois é quando a chuva começa cair, o pasto nasce e posteriormente com a falta de chuva, o pasto morre, fazendo com que os agricultores que apostaram no cultivo de seus legumes os perdem parcial ou totalmente. Um ano de seca já pode ser considerado como uma tragédia humana e animal imaginem sete anos, como já vem enfrentando o município de Jaguaruana, aqui no vale do Jaguaribe.

As imagens que seguem esse artigo são reais, tiradas na tarde da última sexta feira 09/09/2016 aqui na localidade de Caatinguinha, zona Rural de Jaguaruana que fica localizada há pouco mais de 2 km da cidade da cidade. Com um número de aproximadamente 15o residências, os moradores desta comunidade tiveram que se adaptar a essa triste e cruel realidade. Falta água potável para o abastecimento humano, mas é no campo, no meio animal, que presenciamos um verdadeiro sofrimento de cortar o coração. Os poucos animais que sobrevivem a essa tragédia, lutam desesperadamente por sua sobrevivência.

As imagens embora não pareçam são muito fortes, eu que sou um admirador da natureza e que tenho acompanhado e sentido na pele as causas e os efeitos desse período de escassez, fiquei triste e desolado ao ver vários animais literalmente comendo barro, o único alimento que sobrou nos cercados que antes eram repletos de pastos, como costumamos chamar por aqui. Mais adiante, viu outras propriedades devastadas pelo Sol escaldante que assola nosso sertão.

Desde criança conheço a localidade de Caatinguinha aqui em Jaguaruana. Acostumei-me a ver farturas que os agricultores produziam na época dos bons invernos. Feijão, milho, algodão, leite, a criação de ovinos, caprinos e bovinos era referência na cidade. Aqui tivemos a fazenda do senhor Major, um cidadão que por sinal chegou ficar à frente da delegacia da Terra da Rede. Hoje, só temos a recordação, muitas lembrança e saudade dos tempos bons.

Mas como dizia meu avô, um grande agricultor que morou aqui nessas Terras, nem tudo está perdido, resta ainda à esperança. Em meio a tanta desolação e sofrimento, observamos que a vida ainda pode voltar a florescer no nosso agreste. Sabemos que voltar como era antes, jamais isso vai acontecer, mas se entendermos a mensagem da Carnaúba a árvore da vida e a mais resistente do nosso sertão podem voltar a sonhar com dias melhores. 


É hora de repensar e agir. Deus fez a Natureza perfeita e a entregou ao homem de presente com o único propósito, de que fôssemos responsáveis a altura para dela cuidar, tirar o nosso sustento e trabalhar em harmonia com a mesma. A mensagem foi entendida de forma errada e o homem fez e ainda continua fazendo tudo ao contrário. Algo me diz que o que está acontecendo conosco, nada mais é que um acerto de contas entre Deus, a Mãe Natureza e a Humanidade. Quem vai pagar essa conta? Fica a pergunta, é hora de repensar nossas atitudes e ações. O recado está dado por quem mais foi castigada, a Mãe Natureza.
 

     style="display:inline-block;width:336px;height:280px"
     data-ad-client="ca-pub-1514761005057416"
     data-ad-slot="6937877483">

Compartilhe no Google Plus

Sobre jaguarverdade

Sou Casado, pai de 3 filhos, apaixonado pela minha família e pela minha querida cidade Jaguaruana... Jaguaruana Verdade, Porque Mentira tem Pernas Curtas!

0 comentários:

Postar um comentário