O Deputado Federal Danilo Forte (PSB-CE), que também
acompanha os debates da Comissão Especial, instalada na Assembleia
Legislativa do Ceará, para monitorar o andamento das obras de
transposição do Rio São Francisco, enfatiza a preocupação com a crise
hídrica que passa o Ceará, sob o risco de ficar mais um ano dependendo
exclusivamente das chuvas, mesmo que as previsões sejam favoráveis ao
quadro invernoso.
O parlamentar lembra que, desde 2011 tem acompanhado de perto a
política de abastecimento de água e o projeto da Transposição, iniciado
em 2005. “Estamos vivendo um momento de racionamento. O pior dos mundos
será o colapso. Nossa passividade nos impede de ter postura afirmativa
conforme a necessidade que o momento exige. Conhecendo o projeto, e o
contexto em que ele está inserido nota-se que existe, inclusive, o
preconceito contra os nordestinos e pela existência da cultura da seca,
que não pode permear nossa vida. Infelizmente aqui já se trocou água por
voto durante muitos anos”, diz.
Forte defende que a união poderá construir uma solução para evitar o colapso de água no Ceará. “Temos que desarmar os espíritos políticos eleitorais e construir uma solução política para o momento que estamos vivendo. Não podemos esperar com passividade, pagando um grande prejuízo. Este será mais um sonho que não se realizará?”, questiona.
Em defesa de uma união de forças políticas, Danilo lembrou que não caminhou ao lado do governador Camilo Santana em seu projeto político em 2014, mas entende que é necessário uma mobilização que chame a atenção do Brasil para o risco de sobrevivência.
O socialista defende que “é necessário apressarmos o projeto em
curso. São Paulo buscou e tirou 4 milhões de reais no período em que
estava retirando água do volume morto do Cantareira. Houve mobilização
nacional inclusive da mídia. Aqui no Nordeste talvez estejamos perdendo a
oportunidade de fazer igual. É urgente uma mobilização até por uma
questão de sobrevivência. Não adianta pensarmos em projeto para 2018,
pois corre-se o risco desta discussão cair no esquecimento e quem vai
pagar são os menos favorecidos e os empresários sem água para tocar suas
empresas”.
Fonte: www.oestadoce.com.br
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