Prisão de Renan foi encenada diante de prédio do senador em AL
Encenação
criticou letargia do STF no julgamento de políticos e apresentou a
presidente Cármen Lúcia como capaz de levar Renan à prisão (Fotos:
Divulgação)
Dezenas
de manifestantes protestaram neste domingo (20) diante do edifício onde
mora o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), na capital de
Alagoas, e desafiaram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a
prender o senador alagoano que é investigado em 12 inquéritos
resultantes da Operação Lava Jato.
O ato realizado em 14 capitais brasileiras, denominado de ‘Fora
Renan’, levou para Maceió o boneco ‘Canalheiros’, erguido no cenário
paradisíaco da orla de Ponta Verde, onde 11 manifestantes com máscaras
dos ministros do STF encenaram a prisão do presidente do Senado.
Na manifestação, a prisão somente é obtida graças às chicotadas dadas
pela personagem da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
“São anos com processos e inquéritos engavetados no STF, sem dar
andamento. A Folha mostrou que 95% dos processos contra políticos não
são julgados e terminam prescrevendo. Outro levantamento mostrou que os
processos decorrentes da Lava Jato sob a responsabilidade de outras
esferas do Judiciário já houve 118 condenações. E no STF, nenhum
julgamento. Por isso o protesto é contra a letargia do STF, para que dê
andamento aos processos, não só do Renan, mas também dos outros. Mas
principalmente os do Renan, pelo fato de ele representar o segundo maior
poder do Brasil, que é a Presidência do Senado”, justificou Alessandro
Gusmão, do Movimento Brasil (MBR).
AÇÃO NACIONAL
Além do MBR, outros movimentos pró-impeachment de Dilma, com discurso
de direita e que se autodenominam como anticorrupção participaram de
protestos em pelo menos 14 capitais e outras quatro cidades de todas as
regiões do País. Entre eles o Fora Corruptos, Frente pela Liberdade
(FPL), Instituto liberal de Alagoas (ILA), Movimento Brasil (MBR),
Instituto Conservador de Alagoas (Ical) e Foro de Maceió.
Na última sexta-feira (18), o STF confirmou a autorização do ministro
Dias Toffoli para a abertura do 12º inquérito contra o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em razão de uma movimentação
financeira suspeita de R$ 5,7 milhões.
Alvo incidental da Operação Lava Jato, Renan divulgou nota com o
seguinte teor: “O senador já esclareceu todos os fatos relativos a esta
questão e é o maior interessado no esclarecimento definitivo do
episódio. Senador lembra ainda que foi o autor do pedido de investigação
das falsas denúncias em 2007, há quase dez anos”.
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