O hoje ministro tem, em sua trajetória, casos polêmicos
O hoje ministro Geddel Vieira Lima tem, em sua trajetória, casos polêmicos (Foto: Dida Sampaio/ Estadão)
Uma
das figuras proeminentes da política baiana, o hoje ministro Geddel
Vieira Lima tem, em sua trajetória, casos polêmicos. Em 1993, então
deputado federal, ele foi citado no escândalo dos Anões do Orçamento,
episódio em que parlamentares foram acusados de manipular emendas para
beneficiar empreiteiras, mas acabou inocentado na CPI que investigou o
caso.
Na época, o ex-deputado João Alves foi apontado como articulador do
esquema que envolveu 37 parlamentares e uma movimentação de R$ 100
milhões. Os parlamentares foram acusados de cobrar propina de
empreiteiras para incluir obras no Orçamento da União ou conseguir
recursos nos ministérios para garantir a realização dos projetos. Ao
final seis parlamentares perderam o mandato.
Em 2002, Geddel protagonizou um bate-boca com o ex-presidente Itamar
Franco, na época governador de Minas. Após ser chamado por Geddel, então
líder do PMDB na Câmara, de “desleal” e “nômade partidário”, Itamar
retribuiu a acusação classificando-o de “percevejo de gabinete”,
“vendedor de sigla” e “anãozinho do Orçamento”.
Geddel e seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), cresceram
no mundo político inspirados pelo pai, o ex-deputado Afrísio Vieira
Lima, morto neste ano. Sua família era aliada de Antonio Carlos
Magalhães e Geddel era próximo de Luís Eduardo Magalhães, filho de ACM,
que morreu em 1998, quando despontava como possível presidenciável.
Rompido com o “carlismo”, Geddel foi ministro da Integração Nacional
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no período de 2007 a 2010.
Enquanto chefiou a pasta, foi acusado de destinar a maior parte dos
recursos para seu Estado.
Geddel deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer ao governo
da Bahia, mas perdeu a eleição de 2010 para o petista Jaques Wagner.
Voltou para o governo federal como vice-presidente de Pessoa Jurídica
da Caixa Econômica, de onde saiu em 2013, após divulgar uma mensagem em
uma rede social pedindo que a então presidente Dilma Rousseff
publicasse sua exoneração do cargo. (AE)
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