Denúncia da Procuradoria Regional Eleitoral é a de que pai e filho teriam oferecido 'quantias milionárias' a pessoas conhecidas pelo juiz'
A Polícia Federal vai apurar a denúncia de que o ex-governador Anthony Garotinho
e seu filho Wladimir Matheus ofereceram propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5
milhões para influenciar decisões do juiz eleitoral Glaucenir Silva de
Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, que decretou a
prisão preventiva do ex-governador na Operação Chequinho. O pedido de
instauração de inquérito partiu da Procuradoria Regional Eleitoral. Ele
pede a investigação da denúncia de que pai e filho teriam oferecido,
“por intermédio de terceiros, ‘quantias milionárias’ a pessoas
conhecidas pelo juiz” a fim de obter decisões favoráveis e evitar a
prisão de ambos.
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O procurador regional eleitoral Sidney Madruga encaminhou ofício à PF
na noite de sexta-feira. Ele ressaltou a gravidade dos fatos apontados,
“que configurariam caso explícito de corrupção”.
“Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministério Público
e Polícia Federal, pois a situação retratada pelo magistrado é
extremamente grave”, diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga.
Segundo ele, as duas ofertas relatadas pelo juiz foram de entrega de
propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões.
O procurador também expediu ofícios em caráter de urgência ao MP
Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ), em que pede que a
promotoria em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, “tome as
medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e
eleitorais cometidos por pai e filho”. A defesa de Garotinho não foi
encontrada pelo Estado na manhã deste sábado (19).
Garotinho está internado no Hospital Quinta D’Or, depois de ter
passado um noite em hospital penitenciário por decisão do juiz Glaucenir
Oliveira. No início da madrugada deste sábado, foi transferido do
Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital,
para um hospital particular da Zona Norte da cidade, onde será submetido
a exames. A transferência foi determinada sexta-feira ela ministra do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio.
(Com Estadão Conteúdo)
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