Ex-governador e filho teriam tentado corromper juiz eleitoral
Procurador diz que juiz relatou fatos que configurariam caso explícito de corrupção (Foto: Ruan Barros)
A
Polícia Federal vai apurar a denúncia de que o ex-governador Anthony
Garotinho e seu filho Wladimir Matheus ofereceram propinas de R$ 1,5
milhão e R$ 5 milhões para influenciar decisões do juiz eleitoral
Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos
Goytacazes, que decretou a prisão preventiva do ex-governador na
Operação Chequinho. O pedido de investigação foi encaminha do à PF na
noite de sexta-feira (18).
Partiu do procurador regional eleitoral Sidney Madruga o pedido para
investigação da denúncia de que pai e filho teriam oferecido, "por
intermédio de terceiros, 'quantias milionárias' a pessoas conhecidas
pelo juiz" a fim de obter decisões favoráveis e evitar a prisão de
ambos.
Ele ressaltou a gravidade dos fatos apontados, "que configurariam caso explícito de corrupção".
"Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministério Público
e Polícia Federal, pois a situação retratada pelo magistrado é
extremamente grave", diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga.
Segundo ele, as duas ofertas relatadas pelo juiz foram de entrega de
propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões.
O procurador também expediu ofícios em caráter de urgência ao MP
Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ), em que pede que a
promotoria em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, "tome as
medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e
eleitorais cometidos por pai e filho". A defesa de Garotinho não foi
encontrada na manhã deste sábado (19).
Garotinho está internado no Hospital Quinta D'Or, depois de ter
passado um noite em hospital penitenciário por decisão do juiz Glaucenir
Oliveira. No início da madrugada deste sábado, foi transferido do
Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital,
para um hospital particular da zona norte da cidade, onde será submetido
a exames. A transferência foi determinada ontem (18) pela ministra do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio. (AE)
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