Um estudo mais recente mostrou que cozinhar com óleos
vegetais (girassol, milho e outros) por apenas 20 minutos, produziu 20
vezes mais os níveis permitidos de aldeídos do que o recomendado como
limite máximo pela Organização Mundial de Saúde.
O problema é que, segundo o cardiologista, consultor e assessor do Fórum Nacional de Obesidade, Dr. Aseem Malhotra, quando
gorduras e óleos são aquecidos eles sofrem mudanças, produzindo
substâncias químicas que podem causar doenças cardíacas e câncer.
Para testar essa teoria, a equipe chamou voluntários residentes de Leicester, na Inglaterra, para usar uma variedade de gorduras e óleos na cozinha durante alguns dias. Assim, Malhotra
recolheu todo o óleo restante após o cozimento, que seria analisado.
Eles receberam óleo de girassol, milho, soja, canola, azeite (refinado e
extravirgem), manteiga, gordura de ganso e banha de porco. As amostras
foram enviadas para a De Montfort University, em Leicester, onde Martin Grootveld, professor de química bioanalítica e patologia química, fez as análises de seus conteúdos.
Os testes mostraram que, cozinhar com óleo de girassol, considerado saudável por algumas pessoas, faz muito mal à saúde. Até mesmo a banha de porco é preferível a esse tipo de produto. Isso porque, quando submetido à oxidação – quando reagem com o oxigênio – eles produzem substâncias tóxicas como os aldeídos e peróxidos de lipídios.
Os aldeídos – conhecidos como promotores de câncer, doenças
do coração e demência, quando ingeridos ou inalados – estavam presentes
em níveis até 20 vezes maiores do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Em contraste a isso, os óleos de oliva, manteiga e gordura de ganso, apresentaram valores menores dessas substâncias tóxicas quando colocados no ponto de fritura considerado “ideal”.
Dessa forma, de acordo com Grootveld, o ideal é reduzir o tempo de fritura e se você estiver fritando em altas temperaturas, minimizar a quantidade de óleo.
Para reduzir a produção de aldeídos nocivos, prefira
produtos com alta presença de mono ou gordura saturada (de preferência
superior a 60%) e quantidade reduzida de ácidos gordos polinsaturados
(menos de 20%).
O ideal seria optar pelo azeite, “porque ele possui cerca de 76% de gordura monoinsaturada, 14% de ácidos gordos saturados e 10% de polinsaturados”, disse Grootveld.
Além disso, ele também recomendou o uso de óleo de coco, tendo em vista o elevado teor de gorduras saturadas, mais de 90%.
Fonte: Jornal Ciência
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