Para o senador a decisão do ministro do STF 'parece ter sido precipitada'
Bezerra lembra que decisão de Marco Aurélio pode prejudicar o andamento de importantes projetos de interesse nacional
O senador Fernando Bezerra Coelho (PDB-PE), ao se manifestar sobre
a decisão judicial que determinou o afastamento de Renan Calheiros
(PMDB-AL) da Presidência do Senado, defendeu, na tarde desta terça-feira
(6), “moderação e mais equilíbrio” nas decisões tomadas por integrantes
de qualquer um dos três Poderes. “Porque o país espera muito de suas
instituições”, ressaltou Fernando Bezerra, durante reunião da Comissão
Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN). “(O momento) recomenda
harmonia e somatória de esforços para identificarmos os caminhos que
possam levar ao Brasil a se recuperar”, completou.
O posicionamento do senador – que ele classificou como “uma
convocação de toda a saciedade à reflexão” – foi apoiado pelos
parlamentares presentes à reunião deliberativa da CEDN; naquele momento,
presidida por Fernando Bezerra Coelho para a leitura de relatório pelo
presidente do colegiado, Otto Alencar (PSD-BA). A comissão analisava
substitutivo de Alencar a Projeto de Lei da Câmara (PLC) 79/2016,
proposto pelo deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), para permitir a
adaptação da modalidade de Outorga de Serviço de Telecomunicações (de
“concessão” para “adaptação”).
Na avaliação de Fernando Bezerra Coelho, a liminar do ministro Marco
Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), “parece ter sido
precipitada” e pode prejudicar o andamento, no Senado, de importantes
projetos de interesse nacional. Como exemplo, o socialista pernambucano
citou a votação pelo Plenário da Casa, em segundo turno, da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que prevê um teto para os gastos
públicos.
“Não havia esse caráter de urgência que se quis dar à decisão tomada
por apenas um ministro do STF”, observou o senador, em referência à
linha sucessória da Presidência da República, cerne da medida liminar de
Marco Aurélio Mello. Conforme lembrou Fernando Bezerra, em caso de
afastamento temporário de Michel Temer, o presidente da Câmara dos
Deputados seria, nesta conjuntura brasileira, o primeiro substituto do
chefe do Executivo.
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