Proposta foi retirada da pauta e enviada para análise na CCJ
André Brito
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desistiu da ideia de
forçar uma votação do projeto sobre punição ao abuso de autoridade, tido
como evidente retaliação a membros do Ministério Público e magistrados
responsáveis pelas investigações da Lava Jato. O senador retirou o
projeto de pauta e enviou a matéria para análise da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), o que só acontecerá após o retorno do
recesso parlamentar, em fevereiro de 2017.
Calheiros jogou a toalha quando percebeu, pelos discursos, que não
havia certeza da aprovação. "Interpretando o sentimento da Casa, eu
quero adotar a decisão sugerida. Nós vamos levar essa matéria para
tramitar na Comissão de Constituição e Justiça", disse.
O envio à CCJ não foi o fim da participação do alagoano na tramitação
da proposta. A articulação agora gira em torno de fazer com que seu
nome seja escolhido para presidir a comissão a partir do ano que vem.
Enquanto vários senadores discursaram a favor da retirada do projeto
de pauta, como Simone Tebet (PMDB-MS), Alvaro Dias (PV-PR), José
Agripino (DEM-RN), João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), apenas o relator, Roberto Requião (PMDB-PR), e Jader Barbalho
(PMDB-PA), além do próprio Renan defenderam a continuidade da votação.
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