Cinco parlamentares da Câmara de Foz do Iguaçu (PR), reeleitos em 2016, estão presos por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção na prefeitura

Vereadores de Foz de Iguaçu tomam posse escoltados por policiais (TV Câmara/Reprodução)
Cinco vereadores de Foz do Iguaçu (PR) reeleitos no ano passado saíram da cadeia, onde estavam presos por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, foram até a Câmara escoltados pela Polícia Federal (PF), tomaram posse com os policiais ao fundo e voltaram para a prisão.
A posse, ocorrida na manhã desta quarta-feira, foi feita por
determinação da juíza Juliana Arantes Zanin Vieira, da Vara de
Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios de Foz do Iguaçu, e
ocorreu sob forte tumulto. Em um vídeo gravado no momento da posse, é
possível ouvir manifestantes vaiando os vereadores enquanto faziam o
juramento. Dezenas de pessoas ocuparam a galeria da Câmara com
cartazes contra a iniciativa aos gritos de “vergonha” e de pedidos de
renúncia dos parlamentares.
Os vereadores – Anice Gazzaoui (PTN), Darci Siqueira
(PTN), Rudinei de Moura (PEN), Edilio Dall’Agnol (PSC) e Luiz Queiroga
(DEM) – estão presos desde do dia 15 de dezembro do ano passado quando a
PF deflagrou a 5ª fase da Operação Pecúlio, que investigava
parlamentares suspeitos de terem recebido propina para aprovar projetos
de interesse da prefeitura e de terem participação em fraudes de
licitações para a área da saúde. Os parlamentares fizeram o juramento, assinaram o livro de posse e saíram escoltados.
Na 5ª fase da operação, batizada de Nipoti, doze dos quinze
vereadores da cidade foram presos por suspeita de envolvimento
no esquema de corrupção. A 6ª fase da operação, deflagrada no dia
seguinte às prisões, conduziu coercitivamente dois dos três vereadores
que permaneceram na Câmara para prestarem esclarecimentos à PF, mas
foram liberados no mesmo dia.
Operação Pecúlio
A 1ª fase da Operação Pecúlio foi deflagrada em abril de
2016 com o objetivo de desarticular um esquema de corrupção em contratos
para realização de obras junto à prefeitura com recursos públicos
federais. O então prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB), também
foi preso, junto com empresários, secretários e servidores municipais na
4ª fase da operação.
Atualmente, Pereira cumpre prisão domiciliar com uso de
tornozeleira eletrônica. Com o fim do mandato, o ex-prefeito de Foz do
Iguaçu perdeu o foro privilegiado e será julgado pela 3ª Vara Criminal
Federal. O processo, enquanto Pereira ocupava o cargo, estava com o
Tribunal Regional Eleitoral da 4ª região (TRE-4).
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