Mil homens das Forças Armadas atuarão em presídios, diz ministro

Segundo o ministro da Defesa Raul Jungmann, o número poderá crescer conforme solicitação dos Estados. Inicialmente, o governo disponibilizou 10 mi para ação

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo disponibilizou mil homens das Forças Armadas para atuar em operações nos presídios. O número pode aumentar de acordo com as solicitações dos Estados, segundo o ministro. As Forças Armadas trabalharão por demanda e com um orçamento inicial de 10 milhões de reais.

Equipes das Forças Armadas atuarão em varreduras nos presídios e não terão contato com os detentos. “A previsão é de mil homens em trinta equipes que atuarão por demanda conforme os Estados solicitarem, portanto, esse número pode crescer”, afirmou Jungmann, em entrevista coletiva.

Na tarde desta terça, o presidente Michel Temer já havia deixado as Forças Armadas à disposição dos governadores para atuar em presídios. A informação foi divulgada pelo porta-voz do governo federal, Alexandre Parola. O ministro acredita que os governos da Região Norte, de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul pedirão atuação das Forças Armadas, no entanto, nenhum governo solicitou ajuda até o momento.

Segundo o ministro, os militares não terão nenhum tipo de contato com os detentos e ficará sob responsabilidade das forças locais o manejo dos presos para que sejam feitas as revistas, que serão realizadas “de surpresa”. “As Forças Armadas não terão contato direto com os presos. As forças locais e a Força Nacional é quem irá manejar esses detentos”, afirmou.

Nesta tarde desta terça, Temer tem reunião marcada com os governadores de Rondônia, Acre, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará e Tocantins.

Facções

A atuação dos militares das Forças Armadas será “pontual e limitada”. Segundo o governo, os homens estarão prontos para iniciar a primeira operação de oito a dez dias a partir desta quarta. O ministro também destacou que as Forças Armadas não terão terão o objetivo de combater facções criminosas.

“As Forças Armadas não irão enfrentar essas facções. Isso é tarefa das policias e assim continuará. Os homens das Forças Armadas estarão nesses locais para ‘limpar’ as celas de armas, porém será dever do Estados manter as celas sem armas”, afirmou.

Fases

De acordo com o Jungmann, o trabalho dos militares será dividido por fases e, após a solicitação dos governadores, haverá atendimento prioritário aos Estados que apresentarem mais riscos, haverá também um estudo detalhado das instalações prisionais a serem vistoriadas, além do treinamento e acompanhamento das equipes locais para que novas armas não sejam encontradas.

Segundo o ministro, as Forças Armadas têm total capacidade para atuar nas revistas. “Lembrem-se das Olimpíadas, as Forças Armadas, em termos de especialização, está no mesmo nível de qualquer outra força que exista mundo afora para atuar nas varreduras. As nossas três Forças Armadas tem treinamento e capacitação na área de direitos humanos.”, disse Jungmann.
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Sobre jaguarverdade

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