Segundo o ministro da Defesa Raul Jungmann, o número poderá crescer conforme solicitação dos Estados. Inicialmente, o governo disponibilizou 10 mi para ação

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, concede
entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), após
reunião com ministros para discutir o Plano Nacional de Segurança -
05/01/2017 (Andressa Anholete/AFP)
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou
nesta quarta-feira que o governo disponibilizou mil homens das Forças
Armadas para atuar em operações nos presídios. O número pode aumentar de
acordo com as solicitações dos Estados, segundo o ministro. As Forças
Armadas trabalharão por demanda e com um orçamento inicial de 10 milhões
de reais.
Equipes das Forças Armadas atuarão em varreduras nos
presídios e não terão contato com os detentos. “A previsão é de mil
homens em trinta equipes que atuarão por demanda conforme os Estados
solicitarem, portanto, esse número pode crescer”, afirmou Jungmann, em
entrevista coletiva.
Na tarde desta terça, o presidente Michel Temer já havia deixado as Forças Armadas à disposição dos governadores
para atuar em presídios. A informação foi divulgada pelo porta-voz do
governo federal, Alexandre Parola. O ministro acredita que os governos
da Região Norte, de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul pedirão atuação
das Forças Armadas, no entanto, nenhum governo solicitou ajuda até o
momento.
Segundo o ministro, os militares não terão nenhum tipo de
contato com os detentos e ficará sob responsabilidade das forças locais o
manejo dos presos para que sejam feitas as revistas, que serão
realizadas “de surpresa”. “As Forças Armadas não terão contato direto
com os presos. As forças locais e a Força Nacional é quem irá manejar
esses detentos”, afirmou.
Nesta tarde desta terça, Temer tem reunião marcada com
os governadores de Rondônia, Acre, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Amazonas, Pará e Tocantins.
Facções
A atuação dos militares das Forças Armadas será “pontual e
limitada”. Segundo o governo, os homens estarão prontos para iniciar a
primeira operação de oito a dez dias a partir desta quarta. O ministro
também destacou que as Forças Armadas não terão terão o objetivo de
combater facções criminosas.
“As Forças Armadas não irão enfrentar essas facções. Isso é
tarefa das policias e assim continuará. Os homens das Forças Armadas
estarão nesses locais para ‘limpar’ as celas de armas, porém será dever
do Estados manter as celas sem armas”, afirmou.
Fases
De acordo com o Jungmann, o trabalho dos militares será
dividido por fases e, após a solicitação dos governadores, haverá
atendimento prioritário aos Estados que apresentarem mais riscos, haverá
também um estudo detalhado das instalações prisionais a serem
vistoriadas, além do treinamento e acompanhamento das equipes locais
para que novas armas não sejam encontradas.
Segundo o ministro, as Forças Armadas têm total capacidade
para atuar nas revistas. “Lembrem-se das Olimpíadas, as Forças Armadas,
em termos de especialização, está no mesmo nível de qualquer outra força
que exista mundo afora para atuar nas varreduras. As nossas três Forças
Armadas tem treinamento e capacitação na área de direitos humanos.”,
disse Jungmann.
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