Douglas Magno/AFP Photo

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta (18) que vai ampliar a
vacinação para febre amarela em cidades de Minas Gerais, Espírito Santo,
Rio de Janeiro e Bahia. Até o momento, há 206 casos suspeitos de febre
amarela em áreas rurais de 29 municípios.
Existe ainda a
suspeita de que 53 pessoas tenham morrido em decorrência da doença desde
o início de surto. Quatro mortes por febre amarela silvestre já foram
confirmadas em Minas Gerais.
A ideia é criar um bloqueio contra o
vírus, que é transmitido por mosquitos, em geral, em áreas silvestres;
nas áreas urbanas, a transmissão é feita pelo Aedes aegypti, o
mosquito da dengue. Nesses lugares, moradores de área rural e aqueles
que não foram vacinados (com duas doses) devem ser privilegiados.
Os pacientes com sintomas característicos da doença - febre alta,
calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos, por,
em média, três dias - receberão atenção especial.
O último surto da febre amarela silvestre ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 ocorrências foram confirmadas.
"A vacina confere proteção para as pessoas que já tomaram as duas
doses. Essas pessoas estão imunes", explicou o secretário-executivo
Antonio Nardi.
Quem não mora em uma cidade com alerta para febre
amarela não precisa tomar a vacina, a menos que a pessoa viaje para
áreas com transmissão comprovada da doença. A imunização deve ser a pelo
menos dez dias da viagem.
A vacina de febre amarela já faz
parte do calendário anual de imunização em 19 Estados. Em 2016, o
ministério distribuiu mais de 16 milhões de doses da vacina.

Quem não deve tomar
Por se tratar de um vírus vivo atenuado, a vacina oferece riscos para pessoas que possuem baixa imunidade ou que tenham alergia a ovo, que é usado em sua fabricação. Nessas pessoas, ela pode causar reações alérgicas, reações no sistema nervoso central e o desenvolvimento da própria doença.
Assim, ela não é recomendada para quem é portador de HIV, pessoas que
possuem doenças que diminuem a imunidade natural do corpo (como câncer),
para bebês com menos de seis meses, mulheres grávidas ou que estejam
amamentando e idosos com mais de 60 anos. Pessoas com esse perfil até
podem tomar a vacina, mas precisam passar antes por avaliação médica.
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