O estado com o maior número de fraudes identificadas por meio do registro biométrico foi Alagoas, onde 2.188 títulos de eleitor foram considerados ilegais

Eleitores usam biometria para votar no segundo turno das Eleições 2014 (Fernando Bizerra/EFE)
A Justiça Eleitoral identificou mais de 15,6 mil fraudes
entre as eleições de 2014 e 2016, por meio do cruzamento de informações
biométricas. São eleitores que foram a diferentes cartórios, se
passaram por outras pessoas e conseguiram emitir mais de um título, o
que é ilegal. Eles foram identificados por meio das digitais.
O estado com o maior número de fraudes identificadas por
meio do registro biométrico foi Alagoas, onde 2.188 títulos de eleitor
foram considerados irregulares, segundo o levantamento feito pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seguida vieram São Paulo (1.733) e
Goiás (1.503).
Em Goiás, um único homem conseguiu emitir 51 títulos de
eleitor, todos em diferentes cartórios. Ele só foi identificado porque
em todos os cadastros constava a mesma impressão digital, que é única
para cada indivíduo. Neste caso, o registro biométrico o impediu de
votar repetidas vezes.
Além de resultar no cancelamento das inscrições irregulares,
os dados foram enviados pelo presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes,
ao Ministério Público Federal, para que sejam apurados os “indícios de
configuração de eventual ilícito eleitoral ou de outra natureza”,
escreveu o magistrado. As investigações podem acarretar ações penais.
É possível, entretanto, que em várias partes do país as
fraudes tenham passado despercebidas. Isso porque dos 144 milhões de
eleitores brasileiros, somente 46,3 milhões tinham cadastro biométrico
nas eleições de 2016. O registro biométrico começou a ser implantado no
Brasil em 2008. A meta do TSE é que todo o eleitorado esteja cadastrado
até 2022.
(Com Agência Brasil)
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