PSDB prepara ultimato ao Presidente Michel Temer

Sigla articula com aliados um aviso coletivo ao presidente sobre a falta de condições de governar
Saída. Cúpula tucana defende a eleição indireta do presidente para um mandato-tampão até 2018

O presidente Michel Temer (PMDB) inicia a semana pós-delação da JBS com a sugestão de renúncia feita pelo PSDB, o segundo maior partido de sua base de apoio parlamentar. A cúpula tucana dará um ultimato a Temer e passou os últimos dias tentando convencer aliados dentro do próprio partido do presidente, o PMDB, a fazer o mesmo, segundo informações do site Congresso em Foco. “Esta é a solução menos traumática”, disse um dirigente tucano nesse domingo (21).

A cúpula do PSDB articula com o DEM e com uma parte do PMDB o aviso coletivo a Temer de que ele não tem mais condições de governar. A solução proposta pelo PSDB é a saída de Temer e a convocação de eleição indireta, pelos deputados e senadores, de um chefe de governo para um mandato-tampão até o pleito de 2018.

Os tucanos a os democratas temem, principalmente, que a permanência de Temer no cargo sirva de incentivo ao movimento por antecipação das eleições diretas para presidente – e até para o Congresso –, que já ganhou as redes sociais e pode transformar-se em manifestações semanais nas ruas.

Outro partido aliado que está discutindo com os tucanos o desembarque do governo é o PSD. O presidente da legenda, Gilberto Kassab, é ministro das Comunicações, Ciência e Tecnologia. Deputados e senadores do PSD discutem nesta semana se ficam na base de apoio a Temer.

Senadores e deputados do PMDB devem resistir. Acreditam que o presidente tem chances de defesa e tentarão dar um ar de continuidade nas votações, principalmente do projeto da reforma trabalhista.

Desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o PSDB ocupa os ministérios das Relações Exteriores, Justiça e Cidades. Também ocupa cargos importantes, como a Secretaria Executiva do Ministério da Educação, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça e Cidadania e a presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Apreensão. Embora estejam preocupados com uma saída para o país, os tucanos também têm se ocupado bastante do destino do próprio partido, informa o jornal “O Globo”. Especialmente depois do afastamento de Aécio Neves (MG) do comando da legenda e do Senado. A avaliação dos tucanos é que as acusações de corrupção e tentativa de obstrução da Justiça dirigidas a Aécio afetam fortemente o partido. O clima é de apreensão na sigla.

Outros citados

PSDB. O senador José Serra (SP), os governadores Beto Richa (PR) e Reinaldo Azambuja (MS) e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, também foram citados em delação.

EXPULSÃO

Cargo. Dirigentes e deputados do PSB da ala que faz oposição ao presidente Michel Temer pedem a expulsão do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PE), do partido, por permanecer no cargo mesmo após a legenda decidir oficialmente
romper com o governo.

WhatsApp. A expulsão já foi defendida por parlamentares e integrantes da direção nacional do PSB nos grupos de WhatsApp do partido.

“#ForaFernandoBezerraFilho”, escreveu Joilson do Nascimento, secretário sindical e membro da executiva nacional do PSB.

Licenciado. O ministro, que é deputado licenciado, e outros parlamentares do PSB já respondem a processo que pode levar à cassação, por terem votado a favor da reforma trabalhista durante sessão na Câmara Federal, em abril deste ano, contrariando decisão do partido de fechar questão contra a proposta.

DA REDAÇÃO
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Sobre jaguarverdade

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