Coletor menstrual: uma boa alternativa à saúde da mulher

Ginecologista aponta que o produto pode melhorar a qualidade de vida das mulheres no período menstrual
Foto: Shutterstock/Mila Supinskaya Glashchenko

O período da menstruação é quando há a liberação do endométrio, tecido que reveste a parede do útero. Esse processo é diferente para cada mulher. Em média, ocorre ao longo de quatro a cinco dias, com intervalo de 28 dias. Nesse tempo, as mulheres podem liberar de 50 ml a 100 ml, diariamente, de sangue. Para isso, é preciso que elas se adaptem à rotina para lidar com o fluxo. E foi na busca de dar melhor qualidade de vida nessa época, que surgiram os coletores menstruais, na década de 1930, mas que há cinco anos estão se popularizando como alternativa aos absorventes convencionais.

Os coletores, diferente dos absorventes externos e internos, não exige a troca a cada duas horas nem geram o medo de vestir roupas claras ou muito coladas. O ginecologista obstetra João Marcos Meneses, do Hapvida Saúde, afirma que o coletor dá praticidade à rotina da mulher e diminui as complicações. Além disso, ele destaca que o produto “veio para ajudar”.

Para a estudante Sara Bacelar, 21, o uso do coletor menstrual começou por conta da praticidade e conforto para a prática de natação. “Era muito complicado, e até anti-higiênico, o uso de absorvente. O coletor foi uma alternativa a qual eu já me adaptei”, relata. Há quatro meses de uso, ela reconhece que o mais complicado foi se acostumar. “Depois que a gente coloca e não tem mais incômodo, até esquece que tá lá”, completa.

Sara explica que, durante o ciclo, a assepsia é feita com água e sabão durante as trocas. Para ela, esvaziar o recipiente de duas a três vezes por dia é o suficiente. Mas a frequência depende do fluxo menstrual de cada mulher. Já no início e no final do ciclo, a estudante faz a limpeza introduzindo o coletor em água fervente por cinco minutos. É justamente o que indica o ginecologista e obstetra.

João Marcos, que também é diretor-médico do Hospital e Maternidade Eugênia Pinheiro, aponta que a fervura é importante para evitar a proliferação de bactérias, sobretudo as causadora da Síndrome do Choque Tóxico (SCT). O médico aponta que são 30 casos para cada 1 milhão de pessoas.

Principais dúvidas
Dúvidas sobre o uso do coletor menstrual ainda são comuns. Segundo João Marcos, a lubrificação da vagina é um dos pontos mais questionados. A resposta do médico é que não se altera. Além disso, ele afirma que o produto não atrapalha a prática esportiva, inclusive nos esportes aquáticos. Em relação a infecções, o ginecologista aponta que, se usado de forma correta, o coletor não oferece riscos se comparado com os outros métodos.

De acordo com recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa), os coletores devem ser feitos por materiais atóxicos e isentos de ingredientes de fragrância ou inibidor de odores. Além disso, as embalagens devem ter instruções sobre a SCT e a orientação para descarte do conteúdo menstrual. Para os produtos no padrão da Anvisa, a validade vai até 24 meses após a produção.

Os preços podem ir de R$ 10 a R$ 90, com variação de cores e tamanhos.
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Sobre jaguarverdade

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