NESTA SEXTA, MORO CONDENOU O EX-GERENTE A 12 ANOS DE PRISÃO POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM
HÁ INDÍCIOS DE QUE UM GRUPO DE GERENTES DA ESTATAL UNIRAM-SE PARA BENEFICIAR A CONSTRUTORA (FOTO: TÂNIA RÊGO)
Em nova etapa da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira, 20, a Polícia Federal mira corrupção na Petrobras. Agentes cumprem 10 mandados judiciais decorrentes de investigação que tramita perante a 13ª Vara Federal de Curitiba, sob tutela do juiz federal Sérgio Moro, para apurar o pagamento de vantagens indevidas a executivos da estatal por meio do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas do Grupo Odebrecht. Um dos alvos de mandado de prisão é o ex-gerente executivo da área Internacional da Petrobras Luis Carlos Moreira.
Em nota, a PF informou que estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária. Estão sendo ainda realizadas três intimações determinadas pelo Juízo Federal com a imposição de outras medidas cautelares conforme estabelece os artigos 282 e 319 do Código de Processo Penal.
De acordo com as investigações, há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobras uniram-se para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas off-shores estabelecidas no exterior.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
O investigado preso temporariamente será conduzido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba/PR.
Em outro procedimento e atendendo também à determinação da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, a Polícia Federal deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva de réu condenado em ação penal.
Também neste caso o réu será conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR.
Prisão
Ao mandar prender o ex-gerente executivo da área Internacional da Petrobras Luis Carlos Moreira, alvo de nova etapa da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira, 20, o juiz federal Sérgio Moro viu "boa prova de materialidade e autoria" e também "riscos à ordem pública e à aplicação da lei penal". A captura do ex-gerente havia sido requerida pelo Ministério Público Federal, no Paraná, em alegações finais.
Nesta sexta, Moro condenou Luis Carlos Moreira a 12 anos de prisão, por corrupção e lavagem. Na sentença, ordenou a prisão do ex-gerente - também investigado por suposto recebimento de propinas na aquisição pela Petrobras da Refinaria de Pasadena. (AE)
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