O suspeito, de 40 anos, foi preso em flagrante e já está no presídio de Montes Claros, no Norte de Minas
O crime aconteceu na policlínica, localizada na avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade
Ao procurar atendimento para tratar uma dermatite na Policlínica Municipal de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais, uma adolescente de 16 anos acabou sendo estuprada pelo médico durante a consulta na tarde de segunda-feira (28).
De acordo com a Polícia Militar (PM), a corporação foi acionada pela vítima por volta de 12h15 na unidade de saúde, localizada na avenida Getúlio Vargas. Ela relatou que entrou para a consulta e o dermatologista de 40 anos conversou a princípio sobre a dermatite mas, em seguida, passou a fazer outras perguntas sobre assuntos estranhos, como depilação e, até mesmo, o ciclo menstrual dela.
Após isso, o profissional passou a apalpá-la na altura da cintura e removeu sua roupa sem a autorização da mesma, introduzindo o dedo no órgão sexual da vítima. Neste momento a adolescente afirmou que estaria constrangida com a situação, momento em que o médico prontamente respondeu que tratava-se de um procedimento padrão.
Entretanto, a menor estranhou a conduta e resolveu conversar com uma funcionária do hospital e contou o que ocorreu, momento em que elas decidiram acionar a PM. O médico foi preso ainda na unidade de saúde e encaminhado para a Delegacia de Plantão de Montes Claros.
A adolescente foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exames para comprovar o estupro. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil (PC), o médico foi autuado em flagrante por violência sexual mediante fraude, crime que tem pena de 2 a 6 meses de prisão. Ele já foi encaminhado ao Presídio de Montes Claros.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais diz que "diante de denúncias a respeito de estupro de paciente por médico na cidade de Francisco Sá, o CRM-MG informa que somente tomou conhecimento dos fatos hoje, dia 28 de novembro, por meio da imprensa e esclarece que abrirá sindicância para apuração dos fatos".
Repercussão
Nas redes sociais, o estupro repercutiu entre os moradores de Francisco Sá.
"Pelo que conheço sobre o doutor ****, eu não acredito. Trabalhamos juntos há 2 anos e sempre foi muito profissional", defendeu uma colega do médico. "Espero que agora o **** se aquiete", disse outra mulher.
No Facebook, a grande maioria dos comentários é para que a Justiça seja cumprida contra o médico. "Tem que ser preso e nunca mais exercer a profissão", afirmou um homem. "Por isso evito ao máximo me consultar com homem. Só se não tiver jeito, e ainda assim levo alguém comigo. Não dá mais pra confiar", garantiu uma mulher.
A reportagem também tentou contato com a Secretaria de Saúde de Francisco Sá, porém, a secretaria só poderá conversar com a reportagem na tarde desta terça-feira (28).
JOSÉ VÍTOR CAMILO
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