Sequência de homicídios ocorreu na noite de sexta-feira, 9. Pessoas foram mortas na Praça da Gentilândia, na sede da TUF e em rua próxima
(Foto: Matheus Facundo/Especial para O POVO)
Sete pessoas foram mortas na quarta chacina registrada neste ano no Ceará, confirmou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Na noite de sexta-feira, 9, no bairro Benfica, em Fortaleza, um grupo armado usou dois veículos para promover o massacre na Praça da Gentilândia, na sede da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) e na rua Joaquim Magalhães.
Conforme as informações preliminares da Pasta, a matança começou na Praça. O local e bares do entorno estavam lotados. Por volta de 22h30min, suspeitos em um carro modelo Honda Civic parou no local e disparou.
Sobre o assunto
Segundo testemunhas que estavam na região, os disparos começaram por volta de 22h30min. Um grupo armado chegou de carro e começou a atirar contra pessoas que estavam na Praça da Gentilândia. Morreram José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior, 33, com passagens por roubo e posse de drogas, Antônio Igor Moreira e Silva, 26, com passagem por posse de droga, e Joaquim Vieira de Lucena Neto, 21, sem antecedentes.
Simultaneamente, na Vila Demétrio, nas proximidades da sede de uma torcida organizada, suspeitos em outro veículo atiraram em um grupo de jovens que bebia no local. Lá, morreu Carlos Victor Meneses Barros, 23, sem antecedentes.
Na fuga, na Rua Joaquim Magalhães, os criminosos atiraram contra duas pessoas que usavam uniforme da TUF e seguiam para a sede da entidade. Dos alvos, Pedro Braga Barroso Neto, 22, com duas passagens por roubo e uma por associação criminosa, faleceu no local.
Feridos
Quatro pessoas baleadas nas ocorrências foram levadas ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Duas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade hospitalar, são eles: Emilson Bandeira de Melo Júnior, 27, e Adenilton da Silva Ferreira, 24, ambos sem antecedentes criminais.
Em nota, a SSPDS informou que as polícias Civil e Militar estão em diligências à procura de suspeitos de promoverem o massacre. "A Polícia Civil apura as circunstâncias de cada caso e se há relação entre eles no sentido de identificar e prender os autores das mortes", informou a nota.
Chacinas
Esta é a maior sequência de chacinas registradas no País. Em três meses, já foram quatro no Ceará. A primeira, em 7 de janeiro, ocorreu em Maranguape, com quatro pessoas mortas. A segunda, com o maior número de vítimas, ocorreu no bairro Cajazeiras, com 14 mortos na madrugada de 27 de janeiro. Na até então última, dez detentos foram assassinados por outros internos da Cadeia Pública de Itapajé.
IGOR CAVALCANTE
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