O segundo maior órgão do corpo humano, correspondendo cerca de 2% do peso corporal total, o fígado desempenha múltiplas funções: metabólicas, coagulativas, endócrinas, secreção de bile e até imunológicas (1).
Entre suas diferentes funções, uma das mais importantes é de receber nutrientes provenientes do intestino e retornar ao sangue o que é produzido pelas células, como por exemplo, os “combustíveis” do nosso corpo, glicose e glicogênio (2).
O fígado pode ser acometido por diferentes doenças, agudas ou crônicas, das mais diversas etiologias. O álcool é o principal agente mais conhecido, causando lesões hepáticas, que evoluem para cirroses e na maioria dos casos, o único tratamento de escolha é o transplante. Mas, se engana quem acredita que o álcool (? 80g/dia= 4,7 latinhas de cerveja ou três doses de destilado/ao dia) é o único vilão do fígado, vai o alerta: é preciso estar atento com as hepatites virais e com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).
Devido à epidemia de obesidade no mundo globalizado e, consequente, aumento de doenças como: diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia, resistência insulínica e esteatose, a DHGNA têm sido a 3ª causa de transplante de fígado nos EUA, afetando 1/3 da população adulta americana. A grande problemática é que a DHGNA é uma doença silenciosa, assintomática, implicada como causa de cirrose, caracteriza-se pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado e tem caráter progressivo podendo avançar para a esteatohepatite não alcoólica (EHNA), cirrose e, posteriormente Carcinoma Hepatocelular (CHC) (3) (Figura 1).
A obesidade tornou-se frequente mundialmente e em todas as faixas etárias. A síndrome metabólica e resistência insulínica costumam estar associadas à esteatose hepática. Obesidade e diabetes são os principais fatores associados e a DHGNA acomete, respectivamente,90% e 70% das pessoas com estas patologias (3).
O estilo de vida sedentário e alimentação baseada em fast foods somado às altas tecnologias, oferta de alimentos e bebidas açucaradas em máquinas com moedas aumentaram exponencialmente. Aqui está a combinação da fórmula perfeita para engordar: má alimentação e ausência de exercício físico.
É possível deduzir que uma alimentação pobre em fibras, rica em carboidratos simples e refinados e gordura saturada aliada a um estilo de vida sedentário pode estar relacionada ao aumento do número de casos de síndrome metabólica e, consequentemente, de DHGNA.
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Elena disse:
Boa noite
Estou com um problema e preciso de uma opinião ajuda, faz uns 6 anos que fiz um ultrassom para e meu fígado estava com uma leve esteatose e um quadro inicial de fibrose mas eu não sentia sintomas, o médico me orientou a fazer uma dieta balanceada e exercicios fisicos,mas por conta da correria do serviço do dia a dia não fiz, a minha alimentação é rica em gordura e doces,as vezes eu gosto de beber socialmente também, e faz mais ou menos uns 2 meses comecei a sentir dores fortes no abdomen do lado direito, dores nas pernas e muito cansaço, fui no médico e ele pediu ultrassom que mostrou imagem homogênea hiperecogenica compatível com esteatose G2 e vesícula destendida e aumentada. Estou aguardando o resultado dos marcadores de hepatites para retorno ao medico mas vai demorar por favor me ajude com uma explicação, estou preocupada, essa esteatose pode virar um câncer no figado rapidamente? obrigada
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