Imagem: George Gianni |
A consultoria
Macrométrica realizou um estudo baseado na última pesquisa Ibope e
mostrou que com a eleição indo para o segundo turno o candidato do PSDB,
Aécio Neves deve ganhar da atual presidente Dilma Rousseff (PT).
Segundo a consultoria, a vitória ocorreria por uma vantagem de 2 a 3,6
pontos percentuais, apertada, portanto.
A Macrométrica é uma consultoria que mantém público os seus métodos de
análise. Para esta pesquisa em especial, ela utilizou o esquema de Nate
Silver, editor-chefe do site “FiveThirtyEight”. Na eleição presidencial
americana de 2012, Silver acertou o vencedor em todos os 50 Estados.
No último Ibope, apresentado pelo Jornal Nacional na semana passada,
Dilma apareceu com 38% das intenções de voto no 1º turno e Aécio contava
23%. Já no 2º turno, a presidente teria 42% e o senador 36%, com 22%
dos entrevistados não optando por nenhum dos dois. Segundo o estudo,
este último valor deve fazer a diferença, com os eleitores migrando para
um dos candidatos - o que deve fortalecer, principalmente, o candidato
oposicionista, que por enquanto apresenta um movimento ascendente.
A Macrométrica diz que dos 17 pontos percentuais de eleitores que devem
migrar para um dos candidatos na disputa de segundo turno, 23,5%, ou 4
pontos percentuais, irão para Dilma e 76,5%, ou 13 pontos percentuais,
vão para Aécio. A rejeição à continuidade do governo petista, deve falar
mais alto neste caso.
“O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para
Dilma e 4% de VNC (votantes não comprometidos). Como os VNC nunca são
considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria
com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos
percentuais”, afirma o estudo.
Eleição deve ser definida somente no segundo turno
Em termos de exposição, a candidata do PT possui muito mais tempo de
rádio e televisão que o do PSDB, mas especialistas apontam que esta
questão vale cada vez menos em uma eleição de um mundo cada vez mais
conectado à internet. O plano de Aécio para as eleições é focar no
sudeste, onde a rejeição a Dilma é alta e o PSDB é historicamente
forte.
Pode haver, porém, uma migração significativa de votos de Eduardo Campos
para Dilma, dada a força do PT no nordeste, reduto do candidato do PSB.
Em termos de apoios, a coligação petista é muito mais forte que a do
PSDB, mas Aécio atribuiu isso ao fisiologismo dos partidos em um dos
piores momentos de sua campanha, ao afirmar que eles deveriam sugar mais
um pouco e depois ir para o seu lado.
Além disso, Dilma e o PT possuem a maior central sindical, mas pela
primeira vez uma delas, a Força Sindical, apoia um candidato do PSDB.
Além disso, a popularidade de Dilma é muito menor de que a de seu
antecessor, que não conseguiu escapar de disputar segundo turnos em 2002
e 2006.
Felipe Moreno e Rodrigo Tolotti Umpieres
Infomoney
Editado por Folha Política
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