Durante sua delação o ex-líder do governo no Senado citou alguns
casos envolvendo o senador Aécio Neves, desde seu envolvimento na Usina
Hidrelétrica de Furnas, sobre a existência de um paraíso fiscal do
Tucano e sua atuação na CPI dos Correios.
O senador Delcídio do Amaral (PT) afirmou em delação premiada que o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves recebeu propina de Furnas. Essa
declaração confirma o que já havia sido delatado pelo doleiro Alberto
Youssef, que o Tucano recebia propina de Furnas.
Delcídio disse que Dimas Toledo, ex-presidente de Furnas fazia
pagamentos para Aécio. Afirmou que ambos tinham “vínculo muito forte” e
que a indicação de Toledo para o cargo na hidrelétrica, foi de Aécio
junto ao Partido Progressista, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Também citou como beneficiário do esquema na Usina hidrelétrica, o
ex-líder do PP na Câmara dos Deputados, José Janene, falecido em 2010.
Ainda sobre Furnas, o senador disse que o ex-presidente Lula lhe
perguntou quem era Dimas Toledo. De acordo com Delcídio, Lula explicou,
“eu assumi e o Janene veio pedir pelo Dimas. Depois veio o Aécio e pediu
por ele. Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está
roubando muito”.
Delcídio acredita que o ex-presidente falou isso porque “seria
necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos
e três partidos importantes”.
Ressaltou a importância de Andréa Neves no governo de Aécio, “uma das
grandes mentoras intelectuais dele e estava por trás do governo”.
Mas mesmo assim, não afirmou se ela estava envolvida em Furnas.
Paraíso Fiscal
O petista também afirmou que ouviu de Janene que o Tucano era
“beneficiário de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele
seria dono ou controlador de fato”. O paraíso ficava no Principado de
Liechtenstein, em seu nome ou no de sua mãe.
CPI dos Correios
O delator contou que Aécio Neves atrasou o envio de dados do Banco
Rural para fazer uma “maquiagem” durante a CPI dos Correios, “ a
maquiagem consistia em pagar dados bancários comprometedores que
envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, Marco Valério e companhia”.
Relatou que Eduardo Paes, então secretário-geral do PSDB foi enviado
por Aécio para lhe pedir mais prazo nos envios das quebras, “ ficou
sabendo que os dados eram maquiados porque isso lhe fora relatado por
Eduardo Paes e o próprio Aécio Neves”, afirmou Delcídio.
Fonte: diariodopoder.com.br
0 comentários:
Postar um comentário