Para o MP, compra do tríplex é "estadual" e reforma é "Lava Jato"
Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando
Henrique de Moraes Araújo, do Ministério Público de São Paulo,
concederam entrevista coletiva para dar detalhes sobre as denúncias de
lavagem de dinheiro e falsidade ideológica apresentadas contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Conserino, as denúncias são desdobramentos de
investigações iniciadas há cinco anos e incluem a aquisição do tríplex
no Guarujá. Segundo ele, houve uma confusão sobre qual órgão teria
competência para investigar. "O apartamento é objeto eminentemente
estadual. O que está dentro do imóvel, reforma, móveis e objetos, segue
no âmbito da operação Lava Jato", disse Conserino.
Os promotores ressaltaram que diversos depoimentos de corretores que
trabalharam na venda das unidades habitacionais do edifício Solaris
confirmam que o tríplex era de Lula. Eles explicaram que a estratégia de
venda incluia a informação de que os moradores poderiam "jogar bola" e
"conviver" com o ex-presidente. "Era uma forma de dar mais segurança aos
compradores", explicou.
Outro ponto que chamou antenção dos promotores foi que, com a entrada
da OAS para tocar o restante das obras inacabadas, os mutuários da
Bancoop tiveram 30 dias para decidir se continuariam pagando seus
empreendimentos ou resgatariam os valores investidos, "A família
presidencial teve cerca de seis anos para tomar a decisão e só a tomou
porque o caso veio à público", disse Conserino.
Fonte: diariodopoder.com.br
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