Renan foi uma das poucas lideranças do partido a não participar da reunião. Foto: Luis Macedo/Câmara
O diretório nacional do PMDB decidiu por aclamação, como
antecipado pela Coluna Cláudio Humberto, pela saída do governo da
presidente Dilma Rousseff. Sob a presidência do senador Romero Jucá
(RR), mas sem a presença dos poucos correligionários contrários ao
desembarque como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), a reunião
de tema único definiu a saída do governo, bem como a entrega dos cerca
de 600 cargos ocupados por representantes do PMDB. A decisão se estende
aos seis ministros de Estado, já que o ministro do Turismo, Henrique
Alves, entregou carta de demissão à Dilma ontem.
"A partir de hoje, nesta reunião histórica para o PMDB, o PMDB se
retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país
está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do partido
PMDB", disse Jucá. A moção aprovada, por aclamação, pede a "imediata
entrega de todos os cargos", entretanto não estabelece um prazo para
isso.
Aliados importantes como Jorge Picciani, um dos caciques do partido
no Rio de Janeiro, marcaram presença engrossando o coro de "Brasil pra
frente, Temer presidente" e "Fora PT", entoados pelos participantes.
Enquanto o maior partido com a maior bancada na Câmara deixava a base
aliada da presidente Dilma, manifestantes fizeram protesto do lado de
fora do plenário com uma faixa (abaixo) dizendo: não vai ter golpe, vai
ter impeachment.
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