Maior jornal do mundo, o New York Times publicou na capa de sua
edição impressa desta segunda-feira (4) uma grande matéria sobre os
escândalos de corrupção que engoliram o Brasil e o governo Dilma. O
texto se concentra na delação premiada do ex-líder do governo Dilma
preso pela Polícia Federal, senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
Segundo o NYT, o testemunho do "líder petista mais poderoso do Senado"
acelerou a crise política brasileira, e fez com que boa parte dos
líderes políticos ficasse com medo de uma "batida" da PF em suas casas.
Segundo NYT, o escândalo começou há mais de dois anos com a revelação
do petrolão, onde empreiteiras pagaram mais de US$ 3 bilhões em
subornos a executivos da Petrobras, que foram escoados para os cofres de
partidos políticos da base de apoio do governo Dilma. "Desde o início,
quase 40 políticos, grande empresários e operadores de grana suja foram
presos", revela o jornal americano.
Antes do acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral,
ex-líder do Dilma, a presidente havia conseguido se manter fora do olho
do furacão da crise, segundo o NYT. Mas depois de revelar que a própria
Dilma o instruiu a tentar convencer um "juiz de alto escalão" a tentar
livrar empresários envolvidos na corrupção na Petorbras, o envolvimento
de Dilma foi inevitável.
O NYT também menciona o envolvimento do ministro Aloizio Mercadante
(Educação), um dos mais fiéis e próximos empregados de Dilma, no
escândalo: Mercadante foi gravado por um ex-assessor de Delcídio,
Eduardo Marzagão, tentando oferecer "ajuda" ao ex-líder de Dilma que
estava preso.
O jornal americano classifica a Lava Jato como uma "investigação
labirinto", que eventualmente chegou a Lula. O ex-presidente, segundo o
NYT, "lucrou com as conexões a magnatas à frente de empreiteiras, que
lhe pagaram milhões de dólares por discursos". O NYT também menciona a
reforma do triplex no Guarujá (SP) e também do sítio em Atibaia, cuja
propriedade Lula nega ser dele.
Fonte: diariodopoder.com.br/
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