O
esquema delatado teria sido estruturado com ajuda do ex-ministros
Antônio Palocci em 2010 e Erenice Guerra em 2014 (Foto: Antônio
Cruz/ABr)
O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Teori Zavascki, homologou a delação premiada de Otávio
Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, e do
ex-executivo Flávio Barra.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta
quinta-feira, 7, nessas delações, os executivos afirmaram que a empresa
pagou propina em forma de doações legais para as campanhas da presidente
Dilma Rousseff em 2010 e 2014.
Azevedo contou ainda que sua empresa participou de esquemas em outras
obras, além da Petrobras, como estádios da Copa do Mundo e obras
relacionadas Usina de Belo Monte. Eles teriam entregue planilhas e
informações no curso da delação para comprovar as afirmações.
De acordo com o jornal, Azevedo fez uma planilha com os valores de
doação e apontou R$ 15,7 milhões para a campanha presidencial de 2010 e
R$ 34,68 milhões para a de 2014. Os recursos foram registrados como
doações legais, mas, segundo o executivo, R$ 10 milhões das doações da
última campanha têm origem em superfaturamento de contratos em três
obras: Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), Angra 3 e a hidrelétrica
de Belo Monte.
O esquema delatado teria sido estruturado com ajuda do ex-ministros
Antônio Palocci em 2010 e Erenice Guerra em 2014. O PMDB também teria
recebido doações legalmente registradas com dinheiro de propina.
No total, 11 executivos da empresa, a segunda maior empreiteira do
Brasil, participaram de depoimentos em colaboração com a Justiça,
segundo fontes com acesso ao caso. Os nomes de funcionários da empresa
foram apontados pelo próprio ex-presidente Otávio Azevedo.
Fonte: diariodopoder.com.br
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