O
discurso de Dilma após ser intimada a deixar o Planalto pode ter
sido útil para inflamar a militância, mas piorou sua relações com
Legislativo e principalmente com o Judiciário. Ministros do Supremo
Tribunal Federal mal disfarçam a irritação com os ataques de Dilma,
atribuindo o impeachment a uma “farsa jurídica” ou ao “golpe” no qual
nem ela mesma acredita, ou teria alegado isso no próprio STF. E não o
fez. A informção é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.
Às vésperas de um julgamento por crime de responsabilidade no Senado, não parece boa política insultar os próprios julgadores.
Condenada no Senado, Dilma poderá ainda ser processada e julgada no STF, como aconteceu com Fernando Collor.
Após o discurso de Dilma, o ex-ministro Jaques Wagner repetiu
o insulto de fantasiosa “farsa jurídica” às instituições e sobretudo ao
STF.
A situação da presidente junto ao STF deteriorou ainda mais neste
domingo, com a divulgação de entrevista do presidente afastado da
Câmara, Eduardo Cunha, à Folha de S. Paulo, em que ele revelou o teor de
uma conversa que manteve com Dilma, antes do rompimento, quando ela
insinuou que controlava "cinco ministros" da Corte e que eles poderiam
ajudá-lo.
Fonte: Diário do Poder
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