Todo
o esforço do trabalhador brasileiro feito desde o dia 1º de janeiro até
amanhã (1º de junho), foram para pagar tributos federais, estaduais e
municipais. De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação- IBPT, o brasileiro, nesse ano trabalhará 153
dias só para engordar os cofres públicos.
Os cidadãos brasileiros tiveram ainda que destinar em média 41,80% do
seu rendimento bruto em 2016 para pagar a tributação sobre os
rendimentos, consumo, patrimônio e outros. Nos anos de 2014 e 2015 o
índice permaneceu o mesmo: de 41,37%.
O estudo considera a tributação incidente sobre rendimentos (Imposto
de Renda e contribuições previdenciárias ou sindicais), consumo de
produtos e serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS etc), e sobre
patrimônio (IPTU, IPVA etc). Taxas de limpeza e iluminação pública,
coleta de lixo e emissão de documentos também entraram na conta.
"Tivemos, a partir do início do ano de 2015, uma série de aumentos de
tributos, que ensejaram nesse acréscimo de dias trabalhados pelos
brasileiros, somente para pagá-los, com reflexos neste ano de 2016",
comenta o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.
"Apesar de contribuir cada vez mais com a crescente arrecadação
tributária do País, o brasileiro continua não vendo investimentos em
recursos fundamentais e de direito do cidadão como, educação, saúde e
segurança" afirma o presidente do IBPT.
No ranking dos países pesquisados, o Brasil se aproxima da Noruega,
lugar em que os cidadãos destinam 157 dias de trabalho aos tributos. "No
entanto, a população de lá tem um considerável retorno em termos de
qualidade de vida, podendo usufruir dos serviços públicos, infelizmente
diferente do povo brasileiro, que paga muito e não tem o retorno
adequado", destaca João Eloi.
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