Segundo artigo na 'Nature', corpos orbitam uma estrela anã a 40 anos-luz da Terra
Cientistas
anunciaram nesta segunda-feira (2) a descoberta de três planetas
semelhantes à Terra. Segundo pesquisa publicada na revista científica Nature,
os corpos orbitam uma estrela anã a 40 anos-luz da Terra (cada ano-luz
equivale a 9,46 trilhões de quilômetros) e possuem tamanhos e
temperaturas parecidos com os do nosso planeta. "Se queremos encontrar
vida em outros lugares do Universo, aí é onde devemos começar a buscar",
explicou o responsável pela equipe de astrônomos, Michaël Gillon, do
Instituto de Astrofísica e Geofísica da Universidade de Liège, na
Bélgica.
De acordo com anúncio feito pelo Observatório Austral Europeu (ISSO),
os astrônomos utilizaram o telescópio TRAPPIST, instalado no
Observatório La Silla (Chile), e notaram que a estrela apagava a
intervalos regulares, o que significa que outros objetos passavam entre
ela e a Terra. Segundo os astrônomos, a estrela TRAPPIST-1, que fica na
constelação de Aquário, é uma estrela anã mais fria e vermelha que o
Sol, e de um tipo muito comum na Via Láctea - mas esta é a primeira vez
que foram encontrados planetas gravitando ao seu redor.
Órbitas - O estudo constatou que do trio de
planetas, dois deles demoram 1,5 e 2,4 dias respectivamente para
completar sua órbita, enquanto o terceiro dá a volta em sua estrela
hospedeira entre 4,5 e 73 dias. A consequência destes períodos orbitais
tão curtos é que "os planetas estão entre 20 e 100 vezes mais perto de
sua estrela que a Terra do Sol", explicou Gillon. Mas os dois planetas
mais próximos recebem só quatro e duas vezes a radiação que a Terra
recebe, enquanto o terceiro, provavelmente recebe menos que a Terra.
Atualmente estão em construção vários telescópios gigantes com os
quais De Wit acredita poder estudar estes planetas e suas atmosferas,
"primeiro na busca de água e depois de plantas de atividade biológica". O
ISSO espera abrir uma nova via para a caça de exoplanetas que possam
ser habitáveis, "primos" da Terra - como os descobertos neste estudo.
(Com EFE)
0 comentários:
Postar um comentário