O senador participa, neste sábado, de encontros nas cidades de Milagres e Santa Quitéria. Sobre diálogos entre Sergio Machado, Romero Jucá, Sarney e Renan Calheiros, Eunício diz que não coloca a mão no fogo por ninguém
O senador Eunício
Oliveira viajará pelo interior do Ceará nesse final de semana para
comandar o encontro regional do partido, em Milagres, e para a convenção
municipal da legenda, em Santa Quitéria. O objetivo das reuniões é
discutir candidaturas e alianças nessas e em outras cidades, visando as
próximas eleições para prefeito. PSDB, PR e DEM são algumas das siglas
que estão entrando em acordos com o partido. Alianças também deverão
servir para o pleito estadual de 2018.
Segundo Eunício, nas
eleições de outubro o PMDB terá 100 candidaturas próprias no Ceará e
apoiará nomes de demais partidos nos outros 84 municípios do Estado. O
peemedebista afirmou que ele, Tasso Jereissati (PSDB), Lúcio Alcântara
(PR), e Genecias Noronha (SD), definiram que os “quatro principais
partidos de oposição” liderados por eles se aliarão na disputa em todos
os 184 municípios do Estado. “Onde os candidatos deles estiverem
melhores, a gente (do PMDB) apoia, onde o nosso candidato estiver
melhor, eles (do PSDB, PR e SD) apoiam”, declarou.
Para a
escolha dos candidatos, “as direções (dos partidos aliados) seguem os
critérios de pesquisas, (que apontam) maior possibilidade de eleição e
menor rejeição”, explica Eunício. Além do PSDB, PR e SD, o PMDB também
tem buscado acordos com outros partidos. Segundo ele, o partido não
teria “dificuldade” em fazer aliança com o PSB, legenda com histórico de
oposição, e pode se aproximar “até do PSD”, partido que compõe a base
do governo Camilo. “O PMDB só tem dificuldade de fazer acordo com o PT e
com o PDT (partido dos Ferreira Gomes)”, disse Eunício.
Dentre
as cidades em que o PMDB pretende lançar candidatura própria, o senador
destacou Milagres, Iguatu, Caucaia, Aquiraz, Guaraciaba do Norte,
Acaraú e Várzea Alegre como algumas nas quais as chances de vitória do
partido seriam “muito boas”. Em outras a conquista já é vista como
certa. “O de Mombaça já está reeleito”, afirmou, referindo-se ao atual
prefeito da cidade e pré-candidato, Elcido Filho.
Tensão no Senado
Líder
do PMDB no Senado, Eunício caracterizou como “muito tensa” a situação
na Casa, após a recente divulgação de áudios comprometendo os
correligionários Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, Romero Jucá
(RR) e José Sarney (AP). Segundo ele, todos os senadores estão “no
aguardo do que vai acontecer”.
Apesar de ter dito em
entrevista à Rádio O POVO CBN nesta sexta-feira, 27 que “não coloca a
mão no fogo por ninguém”, e reafirmado que “essa não é mais uma questão
partidária, quem se envolveu vai responder, e as investigações vão
continuar”, o peemedebista defendeu que a crise não afeta a Casa de
forma “generalizada”.
Para ele, “o Senado não está todo
(envolvido)”, e deve dar seguimento às atividades agendadas, inclusive o
processo de impeachment. “Vamos tocar a vida”, disse.
Em
relação à crise no sistema prisional do Ceará, Eunício responsabilizou
Camilo Santana, chamando-o de “tíbio, frágil” e declarando que o
governador “não toma as providencias que devem ser tomadas, porque não
tem pulso para isso”.
O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, que informou que Camilo não comentará essas declarações.
Naiana Gomes
cienciaesaude@opovo.com.br
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